domingo, 21 de novembro de 2010

Um instante, Maestro!

Hoje o SESC Santo André encerrou o projeto Um instante, Maestro, que contou com direção e comentários do Maestro Sérgio Assumpção, regente da Filarmônica de São Caetano do Sul e da Orquestra Sinfônica de Rio Claro.
O projeto visou atrelar informação e fruição artística. trazendo o Maestro para perto do público.
Neste último encontro, contamos com  a participação do Quarteto Guitar's que apresentou obras como a Valsa das Flores (Quebra-Nozes) de Tchaikovsky e Crisantemi de Giacomo Puccini.



Está também em cartaz a exposição "Pedro Bandeira está pra brincadeira" que vai até janeiro e conta um pouco da história deste grande escritor brasileiro. Nos finais de semana, há ainda contação de história ao longo do dia.


                     


A programação cultural do SESC tem outros eventos importantes ainda este mês e vários deles gratuitos. Para conferir, acesse o site:
http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/?inslog=117

domingo, 14 de novembro de 2010

Era uma vez...

Ilustração: Marcello Araújo
Era uma vez uma cachorrinha muito alegre e assanhadinha.

Era uma vez um tal Marcelo que se achava muito belo.

Era uma vez um tal João que comia sorvete com feijão.

Era uma vez um cachorrão, enjoado, latidor e folgadão.

Era uma vez um palhaço, que só levava tombaço.

Era uma vez um sacristão, que tocava sino com o dedão.

Era uma vez uma professora, que teimava em ser cantora.

Era uma vez um safado prefeito, que dizia: Não tenho defeito!

Era uma vez um meu colega, que levou uma boa esfrega.


Era uma vez um músico italiano, que, com pé, tocava o seu piano.

Era uma vez um aloprado cientista, que passava xixi na vista.


Era uma vez um feioso estudante, que se dizia muito belo e elegante.

Era uma vez uma desajeitada menina, que misturava perfume com gasolina.

Era uma vez o famoso Chico Peão, que contou vantagem e foi pro chão.

Era uma vez uma tal dona Inês, que tinha cão listrado e gato xadrez.

E eu quero saber agora o resto destas histórias.

Conte de uma só vez, quando chegar a sua vez.
Poema de Elias José, ilustrado por Marcello Araújo

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Como o professor vê a Educação

Introdução

Em tempos nos quais soa tão consensual o diagnóstico de que a educação precisa ser transformada, torna-se imprescindível saber o que pensa um dos principais protagonistas do processo educativo: o profissional que vive o cotidiano do ensino e seus desafios, o personagem que é ao mesmo tempo mitificado e fustigado pela sociedade e pela mídia. Mais do que nunca, é preciso ouvir o professor. 

Nos últimos anos, pesquisas relevantes foram feitas no sentido de conhecer melhor o universo dos docentes das escolas da rede pública. Este estudo representa um novo passo nessa direção, e talvez sua principal contribuição seja justamente a da perspectiva da construção do diálogo. 

Afinal, se queremos compreender realmente o que se passa dentro da escola e ouvir de fato o professor, é preciso ter mais conhecimento desse interlocutor: saber o que ele pensa da escola, do aluno, da sociedade; investigar sobre sua formação passada e sobre suas perspectivas futuras; descobrir como divide seu tempo; como está sua saúde; perguntar se acredita no que faz e até mesmo se se sente feliz. 

Só assim poderemos realizar um debate amplo, que reflita as aspirações dos professores, compreenda suas contradições, incorpore seus diagnósticos e as soluções que eles propõem. 

Essa é a única forma de vencer o círculo vicioso instalado pelos discursos que ora vitimizam, ora paternalizam os professores. Nem culpados nem inocentes, os educadores consubstanciam um processo extremamente complexo que envolve a constituição do modelo vigente de formação de professores: a democratização do país e da escola pública, a estruturação corporativa do funcionalismo público, a demanda por novas formas de organizar e transmitir o conhecimento, entre outros fatores de dimensão histórica. 

É dentro dessa perspectiva que deve ser interpretado o rico manancial de informações que emergem do estudo Ser professor. Não é um documento repleto de verdades, mas um texto pleno de perspectivas, um mapa de prospecção a partir do qual é possível conhecer um pouco mais esse profissional que todos reconhecem como sendo decisivo para o nosso futuro enquanto nação: o professor.

1. Esta pesquisa foi desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) sob encomenda da Fundação Victor Civita (FVC). O artigo que segue foi elaborado pela equipe técnica do Instituto Paulo Montenegro, organização sem fins lucrativos vinculada ao Grupo Ibope.


Quer ler a pesquisa na íntegra?
Acesse:
http://www.fvc.org.br/estudos-e-pesquisas/avulsas/estudos1-1ser-professor.shtml

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

EDUCAÇÃO NA MÍDIA

'Qualquer um pode aprender', diz Bernardo Toro, filósofo, sociólogo e educador colombiano

Educador acredita que a criança só não aprende se faltar motivação ou se método aplicado for ruim

Isis Brum
Transformar o sistema educacional em um projeto de nação e a inteligência, em um bem coletivo para promover o desenvolvimento do País e da região. Esse é o principal desafio que a presidente eleita, Dilma Rousseff, deve enfrentar de forma imediata para consolidar o Brasil como líder na América Latina, diz Bernardo Toro, filósofo e um dos mais respeitados educadores da atualidade. Colombiano, Toro é ligado à Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Javeriana de Bogotá e atua à frente de diversas ONGs ligadas à educação e à erradicação da pobreza.
Na quarta-feira passada, a convite da Fundação Bradesco , o filósofo falou durante três horas para uma plateia formada por educadores e executivos do terceiro setor, em São Paulo. Destacou a necessidade de foco na preservação e transmissão do conhecimento e apontou obstáculos educacionais comuns ao continente e, em particular, ao Brasil, que define como “líder” e polo de atração de imigrantes. Antes da palestra, ele falou ao Jornal da Tarde.

O conceito de política educacional voltado para a dignidade humana é uma proposta específica para a América Latina?
Na América Latina, temos uma história da educação que começou como uma atenção social, na época das colônias. Depois, a educação se transformou em um serviço. Faz pouco tempo que a educação na América Latina começou a ser um direito. Outros países que querem seguir adiante não veem a educação como um serviço ou um ministério, mas como parte de um projeto fundamental do país que querem construir. Em nossos países, a educação e o Ministério da Educação estão separados de um projeto de nação. Nos países latino-americanos, cada um e em conjunto, poderíamos pensar qual é o tipo de educação de que esse projeto necessita. Porque a educação, por si mesma, não produz mudança. Mas nenhuma mudança é possível sem educação.
De antemão, já se poder dizer que não é possível que continuemos a aceitar como normal ter dois sistemas educativos, um privado e um público, de diferente qualidade. Se não tivermos a mesma educação para crianças na Amazônia ou aqui, no centro de São Paulo, onde estamos neste momento, a educação se converterá em um fator de desigualdade social, em vez de ser um fator de articulação social.
No Brasil, começou-se a falar em bônus por desempenho na rede pública. Isso ajuda para uma educação com qualidade?
O problema é a educação em escala. No Brasil , vocês têm 45 milhões de crianças e jovens no sistema educacional. Então, tudo tem de ser pensado para os 45 milhões, não para pequenos grupos. E o passo fundamental que temos de dar é mudar a definição de educador. O educador não é só um profissional que dá aulas, é um profissional que deve garantir à sociedade brasileira, argentina ou colombiana que aprenda os melhores conhecimentos que existem em cada momento. O educador é responsável pelo saber formal da sociedade e a família, em parte, pelo emocional. Cada instituição é responsável por saberes distintos. Mas o educador é responsável por aquele conhecimento que a sociedade usa e que toda geração seguinte deve apropriar-se.
Temos que renunciar ao conceito de que, se as crianças fracassam, problema é delas. Esse problema é nosso, dos adultos. Uma criança de 8 anos que perdeu o ano não vai entender o que aconteceu. Somos nós, adultos, que lhe atribuímos o fracasso. O pai, o professor e a sociedade atribuem o fracasso à criança e esta passa a atribuir-se o fracasso. As crianças só fracassam porque não fazemos as coisas direitas. Qualquer um aprende qualquer coisa direito se tiver um bom método e uma boa motivação. Se não aprende, ou falta motivação ou o método é ruim. Se mudar um ou outro, ou ambos, o aluno aprenderá.
Nessa linha, não se pode caminhar para culpar o professor?
Os professores são responsáveis pelo aprendizado das crianças, mas o professor em conjunto com a sociedade. Porque ele não pode ser responsável sozinho por todo o processo. O professor é um profissional que requer toda uma infraestrutura e apoio da sociedade para que exerça sua tarefa. Estamos pedindo demais ao educador, e não estamos dando a ele instrumentos nem papéis e nem contextos para que possa ter êxito.
A educação para ser um projeto de nação tem de ter muitos elementos que devemos propor para que as crianças tenham sucesso. Para que adquiram competências em leitura e escrita, cálculo e solução de problemas matemáticos; competências para trabalhar em grupo e obter resultados coletivos; habilidades para analisar e criticar o entorno, ou seja, formação política. Temos que proporcionar que as crianças saibam a que projeto político pertencem, o da nação.
Qual é o papel do terceiro setor e das empresas nesse processo?
Nos países desenvolvidos, as grandes fundações dedicam-se a completar o projeto social. Nos países da América Latina, o papel das grandes fundações é tornar possível o contrato social. Esse acaba sendo o papel delas: como fazer para que alunos aprendam e também para que o filho do empresário estude na mesma escola do filho da empregada.
A América Latina deveria desenvolver uma política educacional em bloco ou algo assim?
Tenho a sorte de trabalhar praticamente em todos os países da América Latina e é preciso reconhecer: temos a mesma tradição espiritual e política, com colônias, conquistas, repúblicas, dissolução de governos, abertura democrática, que é recente como projeto político, mestiçagem. Temos um território gigantesco, e praticamente um terço dele é ocupado pelo Brasil, dois idiomas com a mesma tradição linguística e os grandes desafios são comuns: mudança climática, sustentabilidade e superação da pobreza. Os problemas educacionais também são os mesmos. Nesse contexto, ou aprendemos a atuar como continente ou não teremos saída.
Na América Latina, ou vamos todos ou não vai ninguém. Não acho que seja difícil, e o grande papel da sociedade civil é mobilizar nossos líderes. Temos de reconhecer as qualidades uns dos outros. O Brasil não pode ser o país que queremos para o Bric (bloco dos países em desenvolvimento) sem a América Latina. Nem Chile, nem Colômbia, nem Equador, nem Peru...

Fonte: Jornal da Tarde (SP) - 03/11/10


domingo, 7 de novembro de 2010

Curso Intel

A Intel, em parceria com o Instituto Crescer está promovendo o curso Aprender com Projetos.
Além de ampliar seus conhecimentos sobre o assunto você ganhará um certificado de 40 horas ao final do curso, após apresentar um projeto final.
Para saber mais, acesse o link:
http://aprendercomprojetos.wordpress.com/

Conselhos de Escola

Os Conselhos de Escolas são colegiados formados dentro das escolas com a participação de representantes de pais, funcionários, alunos e professores.
Eles são espaços importantíssimos de apoio à Gestão Democrática na escola.
Para ajudar as escolas no fortalecimento dos Conselhos Escolares o MEC criou um material de apoio com o intuito de favorecer o desenvolvimento desses colegiados. Para saber mais, acesse o link abaixo e leia o caderno com as orientações gerais.

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_gen.pdf