domingo, 19 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Chegamos ao final de 2010 com a marca de 29 mil acessos em nosso blog.
Estamos muito felizes em poder ter contribuído para o trabalho de diversos educadores e de ter promovido um espaço de troca e informação.
Esperamos estar juntos novamente em 2011!

Boas Festas!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

100 personalidades do ano - 2010

Leiam na Época desta semana, as 100 personalidade do ano, entre elas Ilona Becskeházi, diretora executiva da Fundação Lemann, Claudia Costim, Secretária de Educação do Rio de Janeiro e Dilma Rousseff, a nova presidente eleita do Brasil
As mulheres estão em alta!
Acesse:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI194875-17445,00-OS+BRASILEIROS+MAIS+INFLUENTES+DE.html

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

29ª BIENAL DE ARTES

A bienal é um espaço muito rico para o trabalho com a Arte Contemporânea. Lá é possível conhecer e interagir com as obras de diferentes artistas e ampliar nosso olhar sobre a arte.
Ainda dá tempo de visitá-la: 
Ela estará em exposição até 12/12 de 2010, no Pavilhão da Bienal - Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Grátis.
Mais informações em www.29bienal.org.br
Agendamento de visitas guiadas: (11) 3883-9090

Para saber como preparar os alunos para uma visita a uma exposição de artes, assista o vídeo clicando no link abaixo e aprenda mais.

http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/video-aprender-exposicoes-arte-611483.shtml

domingo, 21 de novembro de 2010

Um instante, Maestro!

Hoje o SESC Santo André encerrou o projeto Um instante, Maestro, que contou com direção e comentários do Maestro Sérgio Assumpção, regente da Filarmônica de São Caetano do Sul e da Orquestra Sinfônica de Rio Claro.
O projeto visou atrelar informação e fruição artística. trazendo o Maestro para perto do público.
Neste último encontro, contamos com  a participação do Quarteto Guitar's que apresentou obras como a Valsa das Flores (Quebra-Nozes) de Tchaikovsky e Crisantemi de Giacomo Puccini.



Está também em cartaz a exposição "Pedro Bandeira está pra brincadeira" que vai até janeiro e conta um pouco da história deste grande escritor brasileiro. Nos finais de semana, há ainda contação de história ao longo do dia.


                     


A programação cultural do SESC tem outros eventos importantes ainda este mês e vários deles gratuitos. Para conferir, acesse o site:
http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/?inslog=117

domingo, 14 de novembro de 2010

Era uma vez...

Ilustração: Marcello Araújo
Era uma vez uma cachorrinha muito alegre e assanhadinha.

Era uma vez um tal Marcelo que se achava muito belo.

Era uma vez um tal João que comia sorvete com feijão.

Era uma vez um cachorrão, enjoado, latidor e folgadão.

Era uma vez um palhaço, que só levava tombaço.

Era uma vez um sacristão, que tocava sino com o dedão.

Era uma vez uma professora, que teimava em ser cantora.

Era uma vez um safado prefeito, que dizia: Não tenho defeito!

Era uma vez um meu colega, que levou uma boa esfrega.


Era uma vez um músico italiano, que, com pé, tocava o seu piano.

Era uma vez um aloprado cientista, que passava xixi na vista.


Era uma vez um feioso estudante, que se dizia muito belo e elegante.

Era uma vez uma desajeitada menina, que misturava perfume com gasolina.

Era uma vez o famoso Chico Peão, que contou vantagem e foi pro chão.

Era uma vez uma tal dona Inês, que tinha cão listrado e gato xadrez.

E eu quero saber agora o resto destas histórias.

Conte de uma só vez, quando chegar a sua vez.
Poema de Elias José, ilustrado por Marcello Araújo

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Como o professor vê a Educação

Introdução

Em tempos nos quais soa tão consensual o diagnóstico de que a educação precisa ser transformada, torna-se imprescindível saber o que pensa um dos principais protagonistas do processo educativo: o profissional que vive o cotidiano do ensino e seus desafios, o personagem que é ao mesmo tempo mitificado e fustigado pela sociedade e pela mídia. Mais do que nunca, é preciso ouvir o professor. 

Nos últimos anos, pesquisas relevantes foram feitas no sentido de conhecer melhor o universo dos docentes das escolas da rede pública. Este estudo representa um novo passo nessa direção, e talvez sua principal contribuição seja justamente a da perspectiva da construção do diálogo. 

Afinal, se queremos compreender realmente o que se passa dentro da escola e ouvir de fato o professor, é preciso ter mais conhecimento desse interlocutor: saber o que ele pensa da escola, do aluno, da sociedade; investigar sobre sua formação passada e sobre suas perspectivas futuras; descobrir como divide seu tempo; como está sua saúde; perguntar se acredita no que faz e até mesmo se se sente feliz. 

Só assim poderemos realizar um debate amplo, que reflita as aspirações dos professores, compreenda suas contradições, incorpore seus diagnósticos e as soluções que eles propõem. 

Essa é a única forma de vencer o círculo vicioso instalado pelos discursos que ora vitimizam, ora paternalizam os professores. Nem culpados nem inocentes, os educadores consubstanciam um processo extremamente complexo que envolve a constituição do modelo vigente de formação de professores: a democratização do país e da escola pública, a estruturação corporativa do funcionalismo público, a demanda por novas formas de organizar e transmitir o conhecimento, entre outros fatores de dimensão histórica. 

É dentro dessa perspectiva que deve ser interpretado o rico manancial de informações que emergem do estudo Ser professor. Não é um documento repleto de verdades, mas um texto pleno de perspectivas, um mapa de prospecção a partir do qual é possível conhecer um pouco mais esse profissional que todos reconhecem como sendo decisivo para o nosso futuro enquanto nação: o professor.

1. Esta pesquisa foi desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) sob encomenda da Fundação Victor Civita (FVC). O artigo que segue foi elaborado pela equipe técnica do Instituto Paulo Montenegro, organização sem fins lucrativos vinculada ao Grupo Ibope.


Quer ler a pesquisa na íntegra?
Acesse:
http://www.fvc.org.br/estudos-e-pesquisas/avulsas/estudos1-1ser-professor.shtml

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

EDUCAÇÃO NA MÍDIA

'Qualquer um pode aprender', diz Bernardo Toro, filósofo, sociólogo e educador colombiano

Educador acredita que a criança só não aprende se faltar motivação ou se método aplicado for ruim

Isis Brum
Transformar o sistema educacional em um projeto de nação e a inteligência, em um bem coletivo para promover o desenvolvimento do País e da região. Esse é o principal desafio que a presidente eleita, Dilma Rousseff, deve enfrentar de forma imediata para consolidar o Brasil como líder na América Latina, diz Bernardo Toro, filósofo e um dos mais respeitados educadores da atualidade. Colombiano, Toro é ligado à Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Javeriana de Bogotá e atua à frente de diversas ONGs ligadas à educação e à erradicação da pobreza.
Na quarta-feira passada, a convite da Fundação Bradesco , o filósofo falou durante três horas para uma plateia formada por educadores e executivos do terceiro setor, em São Paulo. Destacou a necessidade de foco na preservação e transmissão do conhecimento e apontou obstáculos educacionais comuns ao continente e, em particular, ao Brasil, que define como “líder” e polo de atração de imigrantes. Antes da palestra, ele falou ao Jornal da Tarde.

O conceito de política educacional voltado para a dignidade humana é uma proposta específica para a América Latina?
Na América Latina, temos uma história da educação que começou como uma atenção social, na época das colônias. Depois, a educação se transformou em um serviço. Faz pouco tempo que a educação na América Latina começou a ser um direito. Outros países que querem seguir adiante não veem a educação como um serviço ou um ministério, mas como parte de um projeto fundamental do país que querem construir. Em nossos países, a educação e o Ministério da Educação estão separados de um projeto de nação. Nos países latino-americanos, cada um e em conjunto, poderíamos pensar qual é o tipo de educação de que esse projeto necessita. Porque a educação, por si mesma, não produz mudança. Mas nenhuma mudança é possível sem educação.
De antemão, já se poder dizer que não é possível que continuemos a aceitar como normal ter dois sistemas educativos, um privado e um público, de diferente qualidade. Se não tivermos a mesma educação para crianças na Amazônia ou aqui, no centro de São Paulo, onde estamos neste momento, a educação se converterá em um fator de desigualdade social, em vez de ser um fator de articulação social.
No Brasil, começou-se a falar em bônus por desempenho na rede pública. Isso ajuda para uma educação com qualidade?
O problema é a educação em escala. No Brasil , vocês têm 45 milhões de crianças e jovens no sistema educacional. Então, tudo tem de ser pensado para os 45 milhões, não para pequenos grupos. E o passo fundamental que temos de dar é mudar a definição de educador. O educador não é só um profissional que dá aulas, é um profissional que deve garantir à sociedade brasileira, argentina ou colombiana que aprenda os melhores conhecimentos que existem em cada momento. O educador é responsável pelo saber formal da sociedade e a família, em parte, pelo emocional. Cada instituição é responsável por saberes distintos. Mas o educador é responsável por aquele conhecimento que a sociedade usa e que toda geração seguinte deve apropriar-se.
Temos que renunciar ao conceito de que, se as crianças fracassam, problema é delas. Esse problema é nosso, dos adultos. Uma criança de 8 anos que perdeu o ano não vai entender o que aconteceu. Somos nós, adultos, que lhe atribuímos o fracasso. O pai, o professor e a sociedade atribuem o fracasso à criança e esta passa a atribuir-se o fracasso. As crianças só fracassam porque não fazemos as coisas direitas. Qualquer um aprende qualquer coisa direito se tiver um bom método e uma boa motivação. Se não aprende, ou falta motivação ou o método é ruim. Se mudar um ou outro, ou ambos, o aluno aprenderá.
Nessa linha, não se pode caminhar para culpar o professor?
Os professores são responsáveis pelo aprendizado das crianças, mas o professor em conjunto com a sociedade. Porque ele não pode ser responsável sozinho por todo o processo. O professor é um profissional que requer toda uma infraestrutura e apoio da sociedade para que exerça sua tarefa. Estamos pedindo demais ao educador, e não estamos dando a ele instrumentos nem papéis e nem contextos para que possa ter êxito.
A educação para ser um projeto de nação tem de ter muitos elementos que devemos propor para que as crianças tenham sucesso. Para que adquiram competências em leitura e escrita, cálculo e solução de problemas matemáticos; competências para trabalhar em grupo e obter resultados coletivos; habilidades para analisar e criticar o entorno, ou seja, formação política. Temos que proporcionar que as crianças saibam a que projeto político pertencem, o da nação.
Qual é o papel do terceiro setor e das empresas nesse processo?
Nos países desenvolvidos, as grandes fundações dedicam-se a completar o projeto social. Nos países da América Latina, o papel das grandes fundações é tornar possível o contrato social. Esse acaba sendo o papel delas: como fazer para que alunos aprendam e também para que o filho do empresário estude na mesma escola do filho da empregada.
A América Latina deveria desenvolver uma política educacional em bloco ou algo assim?
Tenho a sorte de trabalhar praticamente em todos os países da América Latina e é preciso reconhecer: temos a mesma tradição espiritual e política, com colônias, conquistas, repúblicas, dissolução de governos, abertura democrática, que é recente como projeto político, mestiçagem. Temos um território gigantesco, e praticamente um terço dele é ocupado pelo Brasil, dois idiomas com a mesma tradição linguística e os grandes desafios são comuns: mudança climática, sustentabilidade e superação da pobreza. Os problemas educacionais também são os mesmos. Nesse contexto, ou aprendemos a atuar como continente ou não teremos saída.
Na América Latina, ou vamos todos ou não vai ninguém. Não acho que seja difícil, e o grande papel da sociedade civil é mobilizar nossos líderes. Temos de reconhecer as qualidades uns dos outros. O Brasil não pode ser o país que queremos para o Bric (bloco dos países em desenvolvimento) sem a América Latina. Nem Chile, nem Colômbia, nem Equador, nem Peru...

Fonte: Jornal da Tarde (SP) - 03/11/10


domingo, 7 de novembro de 2010

Curso Intel

A Intel, em parceria com o Instituto Crescer está promovendo o curso Aprender com Projetos.
Além de ampliar seus conhecimentos sobre o assunto você ganhará um certificado de 40 horas ao final do curso, após apresentar um projeto final.
Para saber mais, acesse o link:
http://aprendercomprojetos.wordpress.com/

Conselhos de Escola

Os Conselhos de Escolas são colegiados formados dentro das escolas com a participação de representantes de pais, funcionários, alunos e professores.
Eles são espaços importantíssimos de apoio à Gestão Democrática na escola.
Para ajudar as escolas no fortalecimento dos Conselhos Escolares o MEC criou um material de apoio com o intuito de favorecer o desenvolvimento desses colegiados. Para saber mais, acesse o link abaixo e leia o caderno com as orientações gerais.

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_gen.pdf

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Diálogos Literários: Formação de Escritos

A Livraria Cultura e  o Instituto Superior de Educação Vera Cruz convidam para evento dia 16 de novembro às 19h30 para o lançamento com palestra e lançamento do curso Formação de Escritores e Especialistas em Produção de Textos Literários.
Saiba mais acessando o link:

http://www.veracruz.edu.br/comunicados/escritores/index.htm

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

CNBB reconhece erro ao posicionar-se contra Dilma

17 de outubro de 2010 19:22

O Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), grupo representante das dioceses do Estado de São Paulo, reconheceu hoje ter errado em posicionar-se politicamente contra o PT e a candidata Dilma Rousseff em nota intitulada "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", feita pela Comissão em Defesa da Vida e endossada pela direção da seção paulista da CNBB.

"O erro foi a apresentação de sigla partidária. Esse erro realmente foi colocado, isso não poderia ter acontecido. Você pode fazer uma nota, mas a partir do momento que você cita nome, cita partido, realmente você fere as pessoas. Com humildade, as pessoas reconheceram e vamos adiante, é preciso olhar para a frente", afirmou o bispo de Limeira, d. Vilson Dias de Oliveira, responsável pela Pastoral da Comunicação do Regional Sul 1.
Após a ressonância do conteúdo da nota propagada à revelia dos bispos pela internet, pelas paróquias, comunidades, igrejas e as ruas, não somente do Estado de São Paulo, os bispos católicos do Regional Sul 1 da CNBB divulgaram hoje nota oficial para esclarecer que "não indicam nem vetam candidatos ou partidos e que respeitam a decisão livre e autônoma de cada eleitor". "Agora não podemos tapar o sol com a peneira a essa altura dos fatos. O documento ("Apelo aos a todos os brasileiros e brasileiras") existiu, foi revisto, tirado do ar (internet) e, com essa nota, eliminado", afirmou d. Vilson.
A pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Polícia Federal (PF) apreendeu hoje ao menos 1 milhão de panfletos com o conteúdo produzido pela Comissão em Defesa da Vida, em uma gráfica no bairro Cambuci, em São Paulo. O material, com a logomarca da CNBB e as assinaturas do presidente, vice-presidente e secretário-geral do Regional Sul 1, recomenda aos eleitores votos somente a candidatos ou candidatas de partidos contrários à descriminalização do aborto.
Embora não citem o nome de Dilma, os panfletos apontam o PT como apoiador do terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela então ministra da Casa Civil, no qual se reafirmou a descriminalização do aborto. O material teria sido encomendado pela Diocese de Guarulhos. O bispo de Guarulhos, d. Luiz Gonzaga Bergonzini, não foi encontrado para falar sobre o assunto.
Nota
A nota divulgada hoje pela Regional Sul 1 diz que o grupo "desaprova a instrumentalização de suas declarações e notas e enfatiza que não patrocina a impressão e a difusão de folhetos a favor ou contra candidatos". O documento foi produzido e assinado por cerca de 50 bispos em uma reunião privada realizada na noite de ontem, em Indaiatuba (SP). Os bispos estavam na Vila Kostka, casa de retiros na qual ocorreu uma assembleia com lideranças diocesanas paulistas.
D. Vilson informou que não cabe à CNBB apurar se a ordem para a impressão dos panfletos anti-Dilma teria partido mesmo da diocese de Guarulhos. "Pode haver punição, mas aí é da nunciatura com o bispo", afirmou d. Vilson. A nunciatura apostólica funciona como a embaixada da Santa Sé no País. O núncio apostólico (representante do Vaticano) no Brasil é d. Lorenzo Baldisseri. "Se a polícia apreendeu e se vai ser descoberto se foi ele (o bispo de Guarulhos), ou foi um serrista ou sei lá eu quem foi que fez, quem está patrocinando, isso é a investigação que vai dizer. A CNBB faz questão de dizer que ela está fora disso", disse.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Programa Currículo em Movimento

Consulta Pública sobre Orientações Curriculares Nacionais da Educação Infantil
Debata com nossos consultores as Orientações Curriculares da Educação Infantil.
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, aprovadas em 17 de dezembro de 2009 determinam que cabe ao Ministério da Educação elaborar orientações para a implementação dessas diretrizes.
Visando atender essa determinação, a Secretaria de Educação Básica, por meio da Coordenação Geral de Educação Infantil, está elaborando orientações curriculares num processo de debate democrático e com consultoria técnica especializada sobre diferentes eixos e experiências da educação infantil.
O objetivo principal é contribuir com o trabalho do professor.
No período de 13 de setembro a 30 de outubro você pode enviar suas sugestões, críticas e propostas.
Os documentos preliminares estão à disposição de gestores, conselheiros, técnicos, professores, pesquisadores e da comunidade para consulta e colaboração.
Envie sua mensagem diretamente ao autor e com cópia para consultapublicacoedi@mec.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Leia abaixo os textos


O currículo na Educação Infantil: o que propõem as novas Diretrizes Nacionais?
Zilma de Moraes Ramos de Oliveira

As especificidades da ação pedagógica com os bebês.
Maria Carmen Silveira Barbosa

Brinquedos e brincadeiras na Educação Infantil
Tizuko Morchida Kishimoto

Relações entre crianças e adultos na Educação Infantil
Iza Rodrigues da Luz

Saúde e bem estar das crianças: uma meta para educadores infantis em parceria com familiares e profissionais de saúde.
Damaris Gomes Maranhão

Múltiplas linguagens de meninos e meninas no cotidiano da Educação Infantil
Márcia Gobbi

A linguagem escrita e o direito à educação na primeira infância
Mônica Correia Baptista

As crianças e o conhecimento matemático: experiências de exploração e ampliação de conceitos e relações matemáticas
Priscila Monteiro

Crianças da natureza
Léa Tiriba

Orientações curriculares para a Educação Infantil no Campo
Ana Paula Soares da Silva

Avaliações e transições na Educação Infantil
Hilda Micarello

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Eleições - por Pedro Bial

O Hino Nacional diz em alto e bom tom (ou som, como preferir) que um filho seu não foge à luta. Tanto Serra como Dilma eram militantes estudantis, em 1964, quando os militares, teimosos e arrogantes, resolveram dar o mais besta dos golpes militares da desgraçada história brasileira. Com alguns tanques nas ruas, muitas lideranças, covardes, medrosas e incapazes de compreender o momento histórico brasileiro, colocaram o rabinho entre as pernas e foram para o Chile, França, Canadá, Holanda. Viveram o status de exilado político durante 
longos 16 anos, em plena mordomia, inclusive com polpudos salários. Foi nas belas praias do Chile, que José Serra conheceu a sua esposa, Mônica Allende Serra, chilena.
Outras lideranças não fugiram da luta e obedeceram ao que está escrito em nosso Hino Nacional. Verdadeiros heróis, que pagaram com suas próprias vidas, sofreram 
prisões e torturas infindáveis, realizaram lutas corajosas para que, hoje, 
possamos viver em democracia plena, votar livremente, ter liberdade de imprensa. 
Nesse grupo está Dilma Rousseff. Uma lutadora, fiel guerreira da solidariedade e da democracia. Foi presa e torturada. Não matou ninguém, ao contrário do que informa vários e-mails clandestinos que circulam Brasil afora.Não sou partidário nem filiado a partido político. Mas sou eleitor. Somente por estes fatos, José Serra fujão, e Dilma Rousseff guerreira, já me bastam para definir o voto na eleição presidencial de 2010. Detesto fujões, detesto covardes!

Pedro Bial, jornalista

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Curso: Aprendizagem baseada em projetos

INTEL BRASIL E INSTITUTO CRESCER PREPARAM PROFESSORES PARA TRABALHAR COM PROJETOS EM SALA DE AULA

Além de oferecer cursos, iniciativa lança blog com espaço para relato de experiências e conversa com especialistas


São Paulo, outubro de 2010Com o objetivo de comemorar o Mês dos Professores, celebrado em outubro, a Intel Brasil e o Instituto Crescer acabam de lançar projeto para auxiliar os docentes a aplicarem projetos em sala de aula. Um dos destaques desta iniciativa é o lançamento do blog “Aprender com Projetos”. No endereço virtual http://aprendercomprojetos.wordpress.com, é possível encontrar um ambiente colaborativo, além de conteúdos que estimulam a utilização de ferramentas inovadoras em sala de aula.

O “Aprender com Projetos” traz relatos de experiências, conversas com especialistas em projetos educacionais, informações sobre bibliotecas e cursos, entrevistas com pesquisadores e técnicos e também enquetes.

Além do lançamento do blog, o projeto conta com a realização do curso “Aprendizagem baseada em projetos”, que pretende dar dicas e tirar possíveis dúvidas dos participantes. De curta duração, as aulas são compostas por duas fases: teóricas e práticas, com a elaboração efetiva de um projeto e emissão de certificado de 32 horas.

Outra ferramenta do projeto criado pela Intel Brasil e pelo Instituto Crescer é o Fórum de Discussão, que está interligado ao Portal do Professor do Ministério da Educação e proporciona a realização de debates, trocas de experiências gerais e também análise de projetos já criados e implementados por professores ou até mesmo em andamento.  

“No Mês do Professor, resolvemos presentear este importante profissional da Educação brasileira com ferramentas inovadoras para aprimorar os seus conhecimentos e habilidades práticas. O blog, por exemplo, pretende inovar  a relação professor-aluno, ampliando a qualidade do ensino em nosso País. Estamos muito contentes com o formato da iniciativa e esperamos ótimos resultados”, assinala Luciana Maria Allan, diretora-técnica do Instituto Crescer, que completa dez anos de existência e de muitos projetos realizados.

“A tecnologia é uma ferramenta essencial no desenvolvimento das habilidades do século XXI, tais como a análise crítica, criatividade e inovação, além de comunicação e resolução de problemas”, explica Nuno Simões, diretor de Relações Corporativas da Intel na América Latina. “A educação é um ingrediente essencial para o desenvolvimento do país e para melhorar a sua competitividade na nova economia e sociedade do conhecimento” completa Nuno.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Pesquisa sobre os saberes docentes

Em nossa trajetória como estudantes, professores e pesquisadores, temos estudado sobre as mudanças que se colocam neste novo milênio aos professores e os enormes desafios da Educação.
Isto nos coloca diante da necessidade de repensar o perfil deste profissional e os saberes necessários para que ele possa desenvolver seu trabalho junto aos alunos com qualidade.
Para colaborar com esta discussão, participe da nossa enquete e responda Quais saberes você acredita que caracterizem um bom professor?
Vote e participe desta discussão!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Entrevista com Prof. Mário Sergio Cortella

Assista a entrevista do prof. Dr. Mario Sérgio Cortella sobre os três principais gargalos da educação que os próximos governantes terão que lidar.
Acesse o link abaixo:
Rede Mercadante » Confira a entrevista do Prof. Mário Sergio Cortella

domingo, 26 de setembro de 2010

Fórum Paulista de Educação Infantil

A Gestão do Fórum Paulista de Educação Infantil (FPEI) tem o prazer de convidar para a segunda Assembléia, onde será tratado o tema: “Antecipação da escolaridade obrigatória: Cadê as crianças?
O ensino fundamental de nove anos e a obrigatoriedade de matrícula a partir dos 4 anos de idade”

Dia: 8 de outubro de 2010 (sexta-feira)
Local: Auditório da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo - USP
Av. Da Universidade, 308 – Cidade Universitária – São Paulo - SP
Programação

9h às 11h30h – Mesa Redonda
Debatedoras:
Prof(a) Dr(a) Fulvia Rosemberg (Fundação Carlos Chagas – PUC/SP)
Prof(a) Dr(a) Lisete Regina Gomes Arelaro (FEUSP)
12h – 14h – Almoço
14h – 16h– Mesa redonda
Debatedoras:
Rita de Cássia de Freitas Coelho (Coordenação Geral de Educação Infantil – MEC)
Prof(a) Dr(a) Ana Lúcia Goulart de Faria (FE-UNICAMP)
16h – 16h30 – Café
16h30 – 17h30 – Plenária Final

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Educação brasileira em debate

Amanhã, dia 25 de setembro, às 13h30, a rádio CBN transmite o debate A Capacidade do Brasil – O Papel da Educação. Vale a pena acompanhar a conversa de Ilona Becskeházy, diretora executiva da Fundação Lemann, Naércio de Menezes, professor do Insper e da USP e Mozart Ramos, do Movimento Todos pela Educação.
O segundo debate da série “O Futuro do Brasil”, organizado pela BBC Brasil e pela rádio CBN, aconteceu em São Paulo, nesta 2ª feira. Durante pouco mais de uma hora, os três participantes discorreram sobre alguns dos principais desafios da educação no Brasil: gestão da sala de aula, financiamento, uso das avaliações, implementação de políticas públicas, entre outros temas.
O debate também está disponível na íntegra, na internet, no site da CBN.
 
No site da BBC Brasil há ainda um vídeo com entrevistas com os participantes.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2010/09/100922_debate_rc.shtml

Após conferir o debate, registre seu comentário, respondendo a primeira pergunta feita pelo mediador aos participantes: na sua opinião, a educação no Brasil tem jeito?
(Clique no link abaixo para ler o post)
http://www.lideresemgestaoescolar.org.br/ideiasemeducacao/index.php/blog/educacao-brasileira-em-debate/

Fonte: Blog Ideias em Educação

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Eleições 2010

Você já conhece as propostas dos candidatos para a eduação?
Leia a entrevista concedida ao site Educar para Crescer e conheça um pouco mais dois principais candidatos ao governo do Estado de São Paulo.
Para saber sobre outros estados, acesse o link
http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/educar-nas-eleicoes/2010/09/13/geraldo-alckmin-aloizio-mercadante-falam-da-educacao-em-sao-paulo/


Você pode ainda fazer o teste para saber se você é um bom eleitor. Acesse o link:
http://educarparacrescer.abril.com.br/indicadores/testes/voce-conhece-bem-o-seu-candidato.shtml?perg=8



GERALDO ALCKMIN (PSDB) X ALOIZIO MERCADANTE (PT)

Candidatos ao governo de São Paulo falam sobre as principais questões ligadas à Educação
Por Renata Costa


Aloizio Mercadante e Geraldo Alckmin (fotos: Divulgação). Siga os candidatos no Twitter: @geraldoalckmin e @mercadante


Os dois principais* candidatos ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT), atual senador, e Geraldo Alckmin (governador do Estado entre os anos 2001 e 2006) concordam que o Ensino Médio é o ponto mais problemático da Educação paulista hoje. E defendem a ampliação do ensino profissionalizante como uma alternativa para dar uma profissão aos jovens para que estes possam ingressar no mercado de trabalho, se assim desejarem.





Por ser o candidato do partido que atualmente governa o Estado, Geraldo Alckmin, 58 anos, diz que pretende aprimorar, de maneira geral, o atual plano de Educação. Mercadante, 56 anos, avalia que, por ser a Educação um processo continuado, não é bom que se mude tudo de um governo para outro. Por isso, pretende, caso eleito, avaliar o sistema, manter os projetos que funcionam e reformular os que não considera positivos, como, por exemplo, o sistema de bonificação aos professores.



Confira essas e outras proposições nas entrevistas concedidas individualmente e cujas perguntas foram formuladas por conselheiros do Educar para Crescer. Os candidatos não tiveram acesso antecipado às questões. Por questão de agenda, a entrevista com o candidato Geraldo Alckmin foi realizada por telefone.



*Pesquisa IBOPE realizada entre os dias 27 e 29 de julho de 2010. Geraldo Alckmin (PSDB): 50%; Aloizio Mercadante (PT): 14%; Celso Russomanno (PP): 9%. Demais candidatos: 1% ou menos. Branco ou nulo: 10%. Indecisos: 13%.



No Brasil ainda temos aproximadamente 15 milhões de mulheres e homens acima dos quinze anos de idade que não conseguem, por serem analfabetos, ler o lema da própria bandeira nacional: Ordem e Progresso. Em sua eventual atuação como governante, que ação fará para não consolidar essa injusta e vergonhosa ironia cívica?

Pergunta elaborada por: Mario Sergio Cortella, filósofo, ex-secretário municipal de Educação de São Paulo, doutor em Educação, professor da PUC-SP



Aloizio Mercadante – Temos alguns projetos do governo federal, como o Brasil Alfabetizado. A alfabetização de adultos é um direito de cidadania essencial. Temos boas experiências no Brasil e queremos trabalhar em parceria com prefeituras, governo federal e inclusive entidades não-governamentais que têm se dedicado muito à alfabetização de adultos. Esse é um grande desafio e não tem por que não trabalharmos nessa direção. Iria além. Além da alfabetização, quero implantar um projeto que apresentei no Senado e que, infelizmente, não conseguimos viabilizar, chamado “Novas Oportunidades”. Vi essa experiência em Portugal, onde cerca de 20% dos trabalhadores portugueses voltaram a estudar porque o conhecimento profissional desse trabalhador é considerado como parte da grade curricular na escolar formal. O ministério da Educação reconhece que aquele ferramenteiro, por exemplo, tem noções de matemática e isso conta ponto na graduação é considerado como já estudado em sua grade curricular e ele vai complementar apenas aquilo que está faltando. Ao final do aprendizado, ele ganha um laptop. Nós queremos não só alfabetização, mas também estimular que os adultos voltem a estudar e voltem a progredir para a gente aumentar a eficiência, a cidadania, o trabalho no Brasil.



Geraldo Alckmin - Vou fortalecer o EJA (Educação de Jovens e Adultos). Quando assumi o governo do Estado, um dos nossos principais trabalhos foi esse. No caso do EJA Fundamental tínhamos, em 1995, 174 mil alunos e, em 2005, 748 mil. E o EJA do Ensino Médio teve um aumento de 1.545% no aumento de matrículas. Pretendo fortalecer o EJA do Ensino Fundamental e Médio e também o EJA do ensino técnico. E uma novidade é que vou criar o programa Via Rápida para o Emprego, voltado para o mercado de trabalho. O grande problema para arrumar emprego é não ter Ensino Fundamental ou Médio. Esse programa prevê bolsa para desempregados e vou colocar junto o EJA. A pessoa faz curso de pedreiro, costureira, eletricista, encanador, operador de máquina e, se precisar, tem bolsa, e ainda vai ser oferecido o EJA para ele.



Qualquer bom administrador sabe que a criação de indicadores, definição de metas e correspondente acompanhamento das mesmas, são condições básicas para uma administração minimamente aceitável. Há alguns anos foi criado um indicador nacional para a educação que é o Ideb, bem como metas para seu acompanhamento. Mesmo assim, quase nenhum governante se compromete objetivamente com tais metas ou, o que seria melhor, estabelece suas próprias metas de forma mais agressiva. Dito isto, gostaria de saber se o senhor sabe qual é o Ideb do seu Estado.

Pergunta elaborada por: David Saad, executivo de Relações Institucionais Sociedade Beneficente Israelita Brasileira



Aloizio Mercadante - Sei, sei qual é o Ideb. Nós estabelecemos uma meta nacional e o Brasil vai cumprir. Não pode ser só o Ideb, nós fomos muito mal no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos. É uma iniciativa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, órgão mundial, realizada trienalmente. Os dados do último levantamento, realizado em 2009, ainda não foram divulgados. Em 2006, o Brasil ficou em 53º lugar entre 57 países no quesito matemática e 48º entre 56 paíse s no quesito leitura). São Paulo ficou abaixo da meta nacional do último Pisa, uma coisa inaceitável para o Estado e para o país. (O MEC divulgou um ranking nacional do Pisa de 2006 e São Paulo ficou em 11º lugar em leitura e matemática)



Geraldo Alckmin - Nós superamos o Ideb em todos os anos. Da 1 a 4ª série, São Paulo é o segundo colocado do Brasil (Distrito Federal e Minas Gerias tem Ideb 5,6. O de São Paulo é 5,5). De 5ª a 8ª, São Paulo é o primeiro do país (O Estado ficou com 4,5, mesma nota de Santa Catarina). E, no Ensino Médio, somos o terceiro Estado do país (São Paulo tirou 3,9 e ficou em terceiro lugar juntamente com Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O primeiro colocado foi Paraná, com 4,2, e o segundo foi Santa Catarina, com 4,1). E superamos todas as metas que foram estabelecidas.



O senhor sabe quais são as metas do Ideb para o seu mandato?

Pergunta elaborada por: David Saad, executivo de Relações Institucionais Sociedade Beneficente Israelita Brasileira



Aloizio Mercadante - Não tenho de cabeça todas as metas. Os planejamentos e as metas são essenciais para que a gente possa ter uma perspectiva de evolução permanente. A meta tem que ser como o alvo no arco e flecha: tem que mirar um pouco para cima para poder acertar no alvo. Estamos muito atrasados em termos de qualidade de ensino. São em média, três anos de formação de atraso: o conhecimento médio esperado no 9º ano está sendo atingido, na média, no 3º ano do Ensino Médio. Isso não pode continuar. Em matemática, principalmente, está muito abaixo do ideal.



Geraldo Alckmin – Nossa meta é melhorar fortemente o ensino no Estado de São Paulo. E já superamos as metas.



O senhor se compromete com essas metas ou com metas mais agressivas para o Ideb?

Pergunta elaborada por: David Saad, executivo de Relações Institucionais Sociedade Beneficente Israelita Brasileira



Aloizio Mercadante – Prometo que a Educação e as metas são absolutamente indispensáveis para ter uma boa qualidade. Diria mais, se não for capaz de cumprir as metas e fazer a escola pública evoluir e os alunos tirarem boas notas, tenho que ser reprovado como administrador público. Se conseguir, devo ser aprovado. Porque essa é a tarefa mais importante de um governo no século XXI. Avançar na criação de uma sociedade do conhecimento tendo metas a cumprir. Tenho de ser avaliado, como os alunos devem ser avaliados.



Geraldo Alckmin – Claro. A meta do Ideb para 2009 foi 4,9 para 4ª série; 4 para 8ª série e 3,4 para Ensino Médio.



Quais são as ações objetivas que o senhor, hoje, pode dar certeza absoluta que fará, caso eleito, para atingir essas metas?

Pergunta elaborada por: David Saad, executivo de Relações Institucionais Sociedade Beneficente Israelita Brasileira


Aloizio Mercadante – Dei aula minha vida inteira, sou professor, tenho paixão pela Educação. Nosso vice também, professor Ferraz, é titular da USP, deu aula na PUC e na Unicamp. Minha mulher é educadora. Esse é o compromisso mais importante que tenho, com a Educação. É preciso aproximar mais a família e, com isso, exigir mais qualidade de ensino, ter avaliação para ver se o aluno está aprendendo, qual é o esforço de aprendizado. O grande instrumento de modernização da escola é a inclusão digital, os alunos terem acesso à internet. Hoje nós estamos vendo no meio dos jovens as redes sociais. Eles estão indo para lan house, buscando entrar. Temos que trazer isso pra dentro da escola. Estados mais pobres do Brasil já deram um laptop para cada aluno. São Paulo é um Estado rico que pode dar para cada professor um laptop e para os alunos também. Temos de ter um portal do aluno, um portal do professor, que prepare a aula, que oriente, toda a bibliografia disponibilizada na internet, o que ajuda a ter muito mais livros, muito mais opções. O governo federal já está fazendo processo de implantação. Elegemos 300 cidades inicialmente para essa ideia de acessar o laptop. Países mais pobres já estão fazendo isso. Tem algumas cidades de São Paulo onde nós já fizemos. E tenho um projeto no Senado, já aprovado com unanimidade e que agora está na Câmara para ser votado. É um projeto para que o governo ajude as prefeituras com um bilhão de reais por ano do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações). Está em votação, mas, infelizmente, por causa da eleição, vai ficar para 2011. Quero trazer uma experiência do Rio de Janeiro que já foi implantada lá. Todo aluno – são 1,25 milhão no Rio – tem um cartão com chip. Quando ele entra na escola, fica registrada a presença dele. Se ele foi pra escola, recebe crédito do vale-transporte, mas só recebe se for pra escola. Vamos dar um laptop para cada professor. É impensável a Educação no século XXI sem o professor conseguir entrar na internet para fazer uma pesquisa. O professor com laptop recebe a lista de todos da sala, só tem que confirmar a presença. O que significa também que o professor vai ter de estar na sala de aula para dar aula, porque, se não estiver, vai aparecer que não estava. Se o aluno não for à aula, o pai vai receber na hora uma mensagem de celular dizendo “seu filho não veio à aula hoje”. Então a família vai estar informada e nós vamos tentar acompanhar o que está acontecendo. Não vamos ficar parados assistindo uma situação que os pais não sabem que o aluno não vai à aula e não muda essa cultura.



Geraldo Alckmin – Vamos apoiar os municípios no ensino infantil. Vamos colocar um bilhão de reais para ter mais 200 mil vagas em creches no ensino infantil. Vou ajudar os municípios a universalizar o ensino infantil. Vamos fortalecer o Ensino Fundamental, ampliar a municipalização no ensino de 1ª a 4ª série, pois a municipalização já se provou importante. No Ensino Fundamental também vamos caminhar para o ensino integral quando eu for governador. Outras ações são valorização do professor, valorização salarial, capacitação permanente, com tecnologia, material, currículo, apostila, enfim, todo o material didático. Também vamos implantar o reforço escolar no segundo período e inclusive nas férias escolares, se for preciso. No caso do Ensino Médio, o que vamos fazer é tornar a escola mais atrativa. Isso é hoje o grande desafio dos educadores. Vamos oferecer 600 mil vagas para aprender uma segunda língua nas melhores escolas particulares, pagando com o voucher do Estado. Vamos oferecer ensino técnico e implementar a ETEC (Escola Técnica Estadual) nas salas vazias das escolas da rede estadual. Assim, o aluno pode sair com dois diplomas, médio e o técnico. Vamos investir em novas tecnologias e informática, para melhorar o Ensino Médio e preparar o jovem para o mercado de trabalho.


Considerando que o professor é peça chave para a melhoria da qualidade do ensino, como o candidato pretende articular a formação dos professores com a prática da sala de aula para que haja um efetivo impacto na qualidade?

Pergunta elaborada por: Maria Alice Setubal, socióloga, diretora-presidente do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), integrante do Conselho de Administração da Fundação Abrinq e do Conselho do Programa Comunidade Solidária

Aloizio Mercadante – As universidades de São Paulo têm um padrão de excelência que pode ajudar muito: USP, Unesp, Unicamp, as universidades federais e as particulares de qualidade. Vamos criar uma rede que é a universidade do professor, para formação, reciclagem, aprendizado permanente dos professores do Estado de São Paulo. O processo pedagógico exige uma reflexão permanente do corpo docente. Tem que avaliar o processo, trocar experiência, avaliar os alunos para ver como se desempenham nas várias disciplinas. O processo de formação do professor não é só acesso à universidade, é atividade extracurricular, indispensável na formação de um bom corpo docente. É um ato coletivo.



Geraldo Alckmin - São Paulo foi o primeiro Estado brasileiro a cumprir a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). Quando governador, ofereci Pedagogia e curso superior gratuito para nossos professores, depois mestrado e doutorado. Vamos fortalecer o centro de formação de professores. O professor, mesmo com concurso, vai passar quatro meses no centro de formação de professores para se capacitar melhor para o trabalho em sala de aula. Na série inicial de alfabetização, teremos o segundo professor, um auxiliar, ajudando no processo de alfabetização. Vamos promover para o professor uma valorização salarial, capacitação permanente, tecnologia em sala de aula e ampliação da formação continuada.



Há quem defenda a implantação da política de bônus como forma de reconhecer o mérito do professor. O senhor acredita que esta seja a melhor política para reconhecimento de mérito docente? Se não, qual seria o caminho?

Pergunta elaborada por: Mozart Neves Ramos, presidente-executivo do Todos Pela Educação

Aloizio Mercadante – É preciso recuperar a carreira do professor. Temos em São Paulo 98 mil professores sem futuro, sem carreira, que nunca tiveram oportunidade de fazer um concurso. O que acontece com esse professor que é precário? Às vezes aquela não é a atividade prioritária dele, é um bico que ele está fazendo. Você não pode ficar trocando professor na sala, tem que ter uma equipe que trabalha junto, que troca experiências, que é avaliada. A estabilidade pedagógica é fundamental. Na universidade, tem que ter carreira. A escola pública não é diferente. Hoje nós temos quase metade dos professores sem carreira em São Paulo. Isso é inadmissível.



Geraldo Alckmin – Defendo o bônus como critério de estímulo aos professores. Mesmo assim, há que se ter carreira. Aumento salarial e bônus não são incompatíveis, eles se complementam. Não pode haver só carreira e não ter estímulo. E a gratificação tem que ser baseada em resultados.



As avaliações nacionais mostram que um dos maiores desafios da educação brasileira sob a responsabilidade dos estados é o Ensino Médio, que apresenta indicadores ruins tanto de desempenho dos alunos como de cobertura. Cerca de 20% dos jovens brasileiros entre 15 e 17 anos estão fora da escola. Entre os que conseguem concluir o ensino médio, apenas 9% desenvolvem as competências e habilidades esperadas ao final da educação básica. O que o senhor ou senhora fará no seu estado para melhorar o Ensino Médio?

Pergunta elaborada por: Maria Helena Guimarães de Castro, ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e ex-secretária da Educação de São Paulo
Aloizio Mercadante – O Ensino Médio faz parte do ensino básico e deve estar dentro das metas, com todos esses compromissos: com os professores, Educação continuada, processo pedagógico, inclusão digital, que, para mim, é uma ferramenta moderna indispensável no século XXI. E, inclusive, vamos avançar no ensino de tempo integral e no Ensino Médio profissionalizante. Queremos implantar progressivamente o ensino profissionalizante. E, finalmente, a inclusão digital, para que progressivamente todos os alunos possam ter acesso à internet, um laptop para poder trabalhar em casa, trabalhar na escola, dar um grande salto histórico em Educação.


Geraldo Alckmin - O Ensino Médio é o grande desafio hoje. O objetivo é melhorar o interesse e o desempenho dos alunos, permitir currículos diferentes para quem quer fazer trajetória acadêmica ou seguir o mundo do trabalho. Aumentar as disciplinas eletivas, aproximando os jovens do mundo do trabalho, com tecnologia, aulas na área tecnológica, informática e línguas, por exemplo. O Ensino Médio tem o melhor índice do Brasil em São Paulo em termos de universalização, com o número de jovens de 15 a 17 anos matriculados. E vou também oferecer mais ensino técnico.



Quais os planos para garantir a ponte entre a escola e o mercado de trabalho?

Pergunta elaborada por: Wanda Engel, superintendente-executiva do Instituto Unibanco

Aloizio Mercadante – Hoje 87% dos alunos vão para o mercado de trabalho direto, mas está faltando mão de obra profissional e técnica. Farei parceria com Senai, Sesi, escolas técnicas federais e estaduais já existentes, a rede Paula Souza. Vamos implantar em toda a rede de Ensino Médio o ensino profissionalizante. Essas são as metas mais importantes. Ficam 12 anos na escola e saem como para o mercado de trabalho? Tem que sair com uma profissão. Temos de ter escolas técnicas profissionalizantes. Como já falta mão de obra, com o Brasil crescendo muito, a própria juventude vai querer ir para o ensino profissionalizante.



Geraldo Alckmin – Pretendo investir nos três níveis: faculdades, Ensino Médio e profissionalizante. Vamos ampliar a oferta de Fatecs de acordo com a cultura local e demanda econômica da região. Criamos uma, na cidade de Pompeia, quando era secretário do Desenvolvimento (do Estado de São Paulo), com o curso de Tecnologia em Mecânica de Agricultura de Precisão, algo que só tem nos Estados Unidos. Na área industrial, vamos fazer cursos de Mecatrônica, Serviços, Contabilidade, Negócios Jurídicos. Depois, vou investir no nível médio, nas Etecs. Vou ampliar as Etecs, sempre pensando na vocação econômica regional. A proposta é ampliar as vagas, sempre voltadas para o mercado de trabalho, aproximando-as do Ensino Médio, para que o jovem saia com os dois diplomas. E vou investir no programa “Via Rápida para o Primeiro Emprego”, porque, para o vestibular das Fatecs, é preciso ter diploma de Ensino Médio. Para quem não tem o Ensino Médio, a opção será o Via Rápida, com cursos rápidos de 80, 100 horas, voltados para o mercado de trabalho. E então, quando o aluno vier fazer as 100 horas de curso conosco, vamos estimulá-lo a fazer o EJA (Educação de Jovens e Adultos). O problema hoje do emprego é a falta de Ensino Fundamental e Médio. O “Via Rápida para o Emprego” já coloca o EJA junto para resolver isso. Além disso, vou trabalhar também com as próprias universidades do Estado. Quero promover uma forte ampliação das vagas e cursos das engenharias.



Como equalizar o currículo do Ensino Médio atendendo à necessidade tanto do jovem que quer entrar na universidade quanto do que quer ir para o mercado de trabalho?

Pergunta elaborada por: Wanda Engel, superintendente-executiva do Instituto Unibanco
Aloizio Mercadante - Precisamos fazer o ensino profissionalizante progressivamente. Mesmo se o jovem quiser estudar Engenharia Civil, por exemplo, vai ser bom se ele tiver feito um curso de edificações. Se ele quiser Ciência da Computação e tiver feito técnico em Computação, vai ter condições muito mais avançadas de aprendizado. Se ele fez técnico em Contabilidade e vai fazer Ciências Atuariais, terá condições de se desenvolver mais.

Geraldo Alckmin – Vamos flexibilizar um pouco o currículo. É possível ter diferentes modelos. Nada impede que tenhamos uma base comum, mas com currículos diferentes. Seria um conjunto de disciplinas para todos, mas com diferenças disciplinares. Queremos reduzir o número de disciplinas obrigatórias e aumentar o número de eletivas.

Como pensa em estimular a atratividade da carreira docente junto aos jovens concluintes do Ensino Médio?

Pergunta elaborada por: Ângela Dannemann, diretora da Fundação Victor Civita

Aloizio Mercadante – Primeiro temos que melhorar o salário, não podemos ter bons profissionais se continuarmos com essa política de desvalorização dos professores. Tem que existir uma política de valorização salarial para atrair bons profissionais. E essa rede, que se chamaria “universidade do professor”, pode ser muito importante para motivar os alunos a se dedicar à docência. E não é só um problema de remuneração, mas de vocação. É preciso estimular essa vocação para a docência, que é uma das atividades mais nobres que existem.

Geraldo Alckmin – Salário é uma questão fundamental. E também condições de trabalho, além de possibilidade de capacitação permanente, possibilidade de fazer mestrado, doutorado, ter uma carreira que possibilite uma ascensão profissional. É preciso dar perspectivas. Por isso, pretendo valorizar muito o professor com carreira, salário, tecnologia. Quando fui governador, compramos 60 mil computadores para professores. Metade foi paga pelo governo e a outra metade, pela Nossa Caixa.


O que o senhor pensa sobre dar maior autonomia administrativo-financeiro para diretores de escola, com a participação da comunidade de pais de alunos como controle?

Pergunta elaborada por: Ângela Dannemann, diretora da Fundação Victor Civita


Aloizio Mercadante – Sou favorável que eles tenham mais autonomia e que a gestão seja transformada em uma carreira.
Geraldo Alckmin - Sou totalmente favorável. Primeiro tem que tratar da questão da capacitação dos diretores. Um bom diretor de escola faz toda diferença. Vou dar absoluta prioridade para isso. Pretendo dar mais autonomia para as escolas com a presença dos pais. Quando criei o programa “Escola da Família”, a ideia era aproximar a escola da família, trazer os pais para dentro da escola. Visitei nos Estados Unidos as Charter Schools. Em Nova York, um pai de aluno é contratado em cada uma das escolas. Aqui pretendemos dar autonomia maior para as escolas, investir na formação para diretores, dar capacitação gerencial e educacional.

O que o senhor fará para melhorar a formação de diretores? Pensa na criação de cursos universitários para formação de diretores de escola?

Pergunta elaborada por: Gustavo Ioschpe, economista da G7 Investimentos, especialista em Educação


Aloizio Mercadante – Ele tem que ter formação específica, porque dirigir uma escola não é a mesma coisa que dar uma aula. É uma habilidade específica. Tem de ser formado, tem de ser apoiado, pois terá grande importância na gestão da escola.


Geraldo Alckmin – Em primeiro lugar, é preciso agir na formação universitária junto com as instituições estaduais. E, em segundo, é preciso que quem já tem diploma tenha capacitação permanente. Outra novidade, que conto aqui: pretendo criar a quarta universidade paulista. Entre aspas. Entre aspas, porque é a Fundação Univesp. Vamos aproveitar melhor a tecnologia de informação para Educação a Distância, e presencial também. A Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo) será uma parceira importante para chegar permanentemente aos 645 municípios de São Paulo, com formação, com estímulo. Vamos fazer a formação de nossos alunos no ensino a distância, semipresencial. E aproveitar também para utilizá-la na formação de professores e funcionários.



O senhor se compromete a não fazer indicações políticas para o cargo de diretores de escola? Como eles serão selecionados?

Pergunta elaborada por: Gustavo Ioschpe, economista da G7 Investimentos, especialista em Educaç

Aloizio Mercadante – Sou contra qualquer ingerência política na indicação de diretor. Tem de ser técnico e tem de ter carreira. Onde você tem um bom diretor, tem uma escola melhor. O diretor faz toda a diferença na competência e na qualidade do ensino. Sou totalmente contra as indicações políticas. Ele tem que ser avaliado pelo desempenho, muito bem escolhido.


Geraldo Alckmin – É preciso ter profissionalismo. Deve-se escolher o diretor por mérito, com critérios objetivos, pela formação. Diretor de escola é concursado por lei. Temos de estimular nossos diretores, capacitá-los, avaliá-los, criar condições para eles trabalharem. É zero de ingerência político-partidária.

A maioria dos estudos empíricos demonstra não haver correlação entre gastos em educação/salários de professores e aprendizados dos alunos. O senhor aceita este achado ou acredita que devemos investir mais para obter melhor qualidade de Educação?

Pergunta elaborada por: Gustavo Ioschpe, economista da G7 Investimentos, especialista em Educação
Aloizio Mercadante – É indispensável que o professor tenha estabilidade e carreira, é preciso investir nisso. O que não posso aceitar é que, além de não ter reajuste salarial, porque os salários são irrisórios, crie-se uma política de remuneração em que só 20% dos professores (mais bem avaliados) têm direito a receber. Mesmo que ele passe na avaliação, não significa que vá receber. Depois, quando recebe, demora quatro anos para receber de novo. Aprendizado é ato coletivo, tem de ter integração dos professores, motivação, política de premiar quem tem mais dedicação, empenho, como existe na universidade. Pode pagar também pelo desempenho? Também. Desde que tenha carreira e direitos básicos assegurados. Ou seja, quem preencher os requisitos tem de ter a bonificação.

Geraldo Alckmin – Há necessidade, sim, de mais recursos e também a necessidade de eles serem mais bem aproveitados. São Paulo dá exemplo para o Brasil. São Paulo destina 30% do seu Orçamento para a Educação. A melhor maneira de utilizar esses recursos é ter eficiência nos gastos públicos. Vamos procurar ter a melhor eficiência possível. E, por outro lado, vamos avaliar os resultados. Vou então manter os 30% e, se possível, aumentar.



Quais políticas do governo atual na área da Educação serão mantidas? Quais serão revistas ou aprimoradas (e de que maneira) e quais, eventualmente serão abandonadas?

Pergunta elaborada por: Ana Lúcia Lima, diretora-executiva do Instituto Paulo Montenegro
Aloizio Mercadante – A Educação é um processo continuado. Essa coisa de que um governo entra e destroi tudo o que foi feito não é um bom caminho. Temos excelentes centros de saber em São Paulo, as universidades estaduais são as melhores do Brasil, ranqueadas internacionalmente. Temos boas escolas técnicas estaduais. Temos boas escolas, inclusive com bom desempenho. Tudo aquilo que está dando certo, nós pretendemos manter. Vamos fazer um diagnóstico para melhorar o que tem de ser melhorado e mudar o que tem de ser mudado. Por exemplo, sou favorável a ter avaliação. A progressão continuada não é essa política da aprovação automática que nós temos. Tem de ter avaliação da escola e do aluno, inclusive para ter política de reforço e recuperação. Isso tem de ser entendido como um ciclo de aprendizado, porque o processo de aprendizado é muito diferenciado. E a avaliação tem de ser com base no que o aluno aprendeu e no esforço que ele fez para aprender. Tem de ser parte do processo de avaliação. Por isso, o controle de presença é algo que vamos retomar. Porque, ao controlar a presença do aluno, controlamos a presença do professor. No processo eletrônico, é automático, não tem jeitinho, não tem ponto. O professor tem de estar na sala de aula e o registro é feito durante o período. Ele vai ter de fazer um resumo eletrônico de qual foi a aula que ele deu. Nós vamos ter um sistema mais transparente, mais eficiente de fiscalização e controle da qualidade de ensino.



Geraldo Alckmin – Nós trabalhamos em São Paulo fazendo avanços sucessivos. Passo a passo avançamos, por exemplo, na questão dos ciclos da progressão continuada. Tínhamos dois ciclos na escola de Ensino Fundamental de oito anos. Agora, passará a ter nove anos no Ensino Fundamental, então pretendo ter três ciclos. Não é mudança, é aprimoramento. Tem a questão da escola em tempo integral também, que pretendo ampliar. A progressão avaliada já existe, mas pretendo fortalecer com avaliação dos alunos e reforço escolar nas férias.



Qual o papel que o candidato vê para a participação da sociedade civil e em especial para o investimento social privado no apoio à educação pública?

Pergunta elaborada por: Ana Lúcia Lima, diretora executiva do Instituto Paulo Montenegro
Aloizio Mercadante - É muito importante que a família faça parte da escola, é preciso criar uma sociedade educadora, um bairro educador. A família é parte indispensável e essencial no processo de aprendizado. A gente tem que fazer parceria com a iniciativa privada. Boas parcerias têm ajudado muito na melhoria da escola e da Educação.

Geraldo Alckmin – O setor privado pode ser um grande parceiro nesse trabalho. Educação pública gratuita de qualidade é um direito constitucional. Entendo que os projetos de parceria são muito importantes, acredito muito no envolvimento das famílias, no envolvimento da comunidade local, da sociedade civil organizada, de entidades do terceiro setor da área da Educação. E as empresas também devem participar, pois só vão ajudar a fortalecer esse direito constitucional.

Que ações são planejadas para estimular o compromisso da família no acompanhamento da vida escolar do aluno/seu filho?

Pergunta elaborada por: Guilherme Weege, empresário, diretor da Malwee


Aloizio Mercadante – Diria que, desde a gravidez, nós temos de conscientizar os pais sobre a importância da escola. É preciso fazer atividades para chegar a esse objetivo. Às vésperas do Dia dos Pais, por exemplo, é preciso motivar os pais, fazer um trabalho para que eles compareçam à escola, participem das atividades com o filho. Isso é fundamental para que as criança se sintam seguras

Geraldo Alckmin – A Escola da Família é uma maneira de estimular a participação da família, pois abre a escola no final de semana, no feriado, tem um educador voluntário. O programa traz os pais para dentro da escola, pois oferece programas de geração de renda, artes, cultura. A entrega do boletim escolar permanente também é importante para a participação dos pais na avaliação dos alunos. E estudamos a possibilidade de ter um pai contratado por escola, como fazem as Charter Schools nos Estados Unidos.

Que ações serão organizadas para implementar as escolas em tempo integral? Há interesse em ampliar a quantidade das unidades com essa modalidade de educação?

Pergunta elaborada por: Guilherme Weege, empresário, diretor da Malwee


Aloizio Mercadante - O governo federal tem o programa “Mais Educação”. Já estamos com 10 mil escolas em que a metade do período é de aprendizado curricular e, na outra metade do período, os alunos têm esporte, cultura e reforço escolar. O programa usa o cinema da cidade quando ele está vazio, por exemplo. Há alunos de Pedagogia e licenciatura que são incluídos nesse processo de complementação. Nós temos que caminhar na direção do ensino em tempo integral.



Geraldo Alckmin - No Ensino Fundamental, vamos caminhar para a escola de tempo integral, ou alunos em tempo integral, o que é diferente. Porque algumas escolas, devido ao seu tamanho, não comportam que os alunos fiquem na escola o dia todo. Então, no segundo período, enquanto outros alunos estão na escola, esses alunos vão para o centro comunitário, para um ginásio esportivo, para um clube-escola ter aula de informática, reforço, de uma língua. Nas escolas que tiverem espaço físico para todos os alunos da região, o estudante entra de manhã, almoça, e tem o segundo período lá mesmo.



Qual é o projeto do senhor para a disciplina Educação Física Escolar?

Pergunta elaborada por: Jorge Steinhilber, mestre em motricidade humana, presidente do CONFEF (Conselho Federal de Educação Física)



Aloizio Mercadante – Apresentei um projeto que já foi aprovado no Senado e que, se eu for governador, vou implantar aqui. Vamos fazer uma olimpíada estudantil, selecionar os alunos que têm talento para esporte em todas as modalidades. Cada município, cada prefeitura, vai disputar uma modalidade para sediar. Vamos fazer a rede olímpica de São Paulo. Queremos resgatar na escola pública essa vocação para o esporte.



Geraldo Alckmin – Pretendo ampliar essa disciplina, porque vamos para a escola de tempo integral. No segundo período dos alunos, além das disciplinas básicas, quero um aumento de atividades nas áreas cultural e esportiva. E o esporte é importante para educar, tem papel importante na formação dos jovens. E vamos ter também o Escola da Família, que abre a escola no final de semana, sempre com educadores profissionais, um educador universitário e os voluntários. Grande parte da atividade do Escola da Família é esportiva. É preciso destacar que muitos jovens de São Paulo puderam fazer faculdade graças ao programa. Foram 222 mil bolsas para fazer faculdade de graça. Os jovens retribuíram isso à sociedade sendo monitores nos finais de semana.



A maioria das unidades escolares não dispõe de local adequado para o desenvolvimento de atividades físicas e esportivas. Qual o projeto para corrigir essa distorção?

Pergunta elaborada por: Jorge Steinhilber, mestre em motricidade humana, presidente do CONFEF (Conselho Federal de Educação Física)



Aloizio Mercadante – Hoje temos escolas muito defasadas, sem equipamentos, sem espaço. E o ambiente da escola é parte do aprendizado. Tem de ser um ambiente acolhedor, envolvente, receptivo, isso dá motivação. O aluno tem de se sentir acolhido na escola. O esporte, a cultura e o ambiente são muito importantes.



Geraldo Alckmin – Já aumentamos muito o número de quadras poliesportivas e quadras cobertas nas escolas do Estado, mas precisamos ampliar ainda mais. Pretendo estimular muito a questão do exercício, da ginástica. Não só na escola, mas também para a terceira idade. Pretendo criar academias ao ar livre, fazer convênios com academias de ginástica para oferecer vagas para a terceira idade.



Fonte: Educar para crescer