quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Planejamento 2010
SEMANA PEDAGÓGICA - Planejamento 2010
Para ajudá-lo a elaborar os encontros que acontecem no início do ano com a equipe pedagógica e os funcionários, NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR traz, dia a dia, tudo o que é preciso para garantir o envolvimento da equipe e a revisão do Projeto Político Pedagógico.
E mais: um plano para receber os alunos nos primeiros dias de aula.
ENTREVISTA - Chris Cerf
O subsecretário de Educação da cidade de Nova York conta como os diretores escolares garantem a melhoria do desempenho da escola com autonomia e cobrança de resultados.
CONSELHO DE CLASSE - Reuniões mais produtivas
Saiba como uma escola do Paraná revolucionou os encontros de gestores e professores levando sugestões de pais e alunos.
ADAPTAÇÃO - O fim de cinco mitos
Para receber melhor as crianças, os professores precisarão rever conceitos, com a ajuda do coordenador pedagógico.
ESCOLA INTEGRAL - Aprendizagem o dia todo
Conheça a história do Colégio Municipal Belo Horizonte e saiba como os gestores uniram as atividades extras ao currículo.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Santo André deixa 187 professores dos ensinos Infantil e Fundamental sem aulas
Segundo dados da Fundação Seade e do Ministério da Educação, a população de Santo André com 4 e 5 anos no ano passado era de 18.800 crianças, porém, atualmente, 14.700 estão matriculadas na rede de ensino.
Na prática, os professores não titulares das salas - chamados de adidos - atuam como adjuntos na execução de projetos pedagógicos paralelos, substituição ou aulas de reforço.
Alguns deles até conseguiram colocações nos últimos anos, em virtude de aposentadorias e exonerações de colegas ou de promoções de professores a cargos de direção, o que permitiu a sobra de algumas salas.
A gerente de administração da secretaria de Educação de Santo André, Cristina Guilen, explicou que o problema teve origem em 2007, quando professores foram contratados via concurso público, sem ampliação da jornada escolar nem da demanda. "Não queremos criticar o trabalho dos professores de apoio. Conhecemos exemplos excelentes. Mas houve falha na forma como o sistema foi configurado", explicou Cristina durante a reunião realizada ontem com os 187 profissionais afetados, no Centro de Formação de Professores Clarice Lispector.NOVAS VAGAS - Para 2010, a Prefeitura de Santo André pretende abrir 118 novas classes para atender a pelo menos 1.000 crianças. Elas são fruto da construção de duas creches e uma escola municipal que estão prometidas a ser entregues antes do início do ano letivo, segundo a secretária de Educação Cleide Bochixio.
Os adidos terão a oportunidade de disputar as salas por meio do processo de remoção que ocorrerá nos dias 16, 17 e 18 dezembro. Participam dessa atribuição todos os docentes que querem mudar de escola. Cerca de 1.700 profissionais dão aulas nos ensinos Infantil e Fundamental da rede de Santo André.
Outra opção oferecida pela secretária é de que os docentes se mantenham como substitutos nas escolas a que estão vinculados.
‘É péssimo ser substituto, ninguém quer''
Docentes que participaram do encontro de ontem ainda têm dúvidas sobre quais serão os próximos passos em suas carreiras profissionais.
Se optarem por disputar uma das 118 novas salas, correm o risco de mudar a rotina e trabalhar longe de casa, porém, ao mesmo tempo, atuar como professor substituto não lhes agrada. "Todo professor quer sala, não tem jeito. É péssimo ser substituto, ninguém quer", reclama Denise Maciel da Silva, 44 anos, professora do 1º ano do Ensino Fundamental na escola Ayrton Senna.
Sua colega Camila Buscarioli, 28, também não optou ainda. "Estou grávida e, de qualquer forma, terei de me afastar. Estou avaliando se vale a pena ficar como substituta."
Rosana Valadares, 30, professora do 4º ano da escola Piero Pollone, lamenta a possibilidade de ter que deixar a unidade. "Queria muito ficar, pois foi a (escola) que escolhi. Agora não sei para qual sala vou lecionar, muito menos em qual escola."
"Estamos nos sentindo injustiçadas. É uma sensação de traição", reclama Regiane Angélica Mendes, 30, professora da Carlos Drummond de Andrade.
Até junho, Pasta quer educadores atuando como titulares
A secretária da Educação, Cleide Bochixio, descartou ontem a possibilidade de exonerar qualquer professor. "Está fora de cogitação, mesmo porque eles têm o direito do emprego adquirido (por meio do concurso) e também quero aproveitá-los na rede."
Cleide prevê que até junho de 2010 as salas estejam redistribuídas aos docentes e não haja mais nenhum adido que não seja titular de alguma delas.
Para tanto, a secretária adiantou que está prevista a entrega de mais duas creches. Além disso, Prefeitura e Estado iniciaram as reuniões para municipalizar cinco escolas da rede estadual onde há espaço ocioso.
As unidades estão nos bairros Utinga, Jardim Cristiane, Parque das Américas e Marajoara - onde há demanda de atendimento a crianças de 4 e 5 anos.
O antigo prefeito de Santo André, João Avamileno (PT), foi procurado pela reportagem para comentar a contratação de docentes feita em 2007, mas não foi encontrado.
Fonte: Diário do Grande ABC
sábado, 12 de dezembro de 2009
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO-CURRÍCULO PUC-SP e AÇÃO EDUCATIVA
Comunicam o lançamento da edição especial de dezembro de 2009, Volume 5, número 1 da revista eletrônica
EDUCAÇÃO NÃO ESCOLAR DE ADULTOS
um balanço da produção de conhecimentos
Editor convidado Prof. Sérgio Haddad
Artigos de Aline Abbonizio, Ana Cláudia F. Godinho, Carmen Silvia Maria da Silva, Cláudia Maria Bógus, Fabiana
de Cássia Rodrigues, Gisela Tartuce, Hamilton Faria, Henrique T. Novaes, Katia Regis, Marcos José Pereira da Silva,
Maria Clara Bueno Fischer, Michelle Prazeres, Pedro Benjamin Garcia, Sérgio Haddad, Nilton Bueno Fischer.
http://www.pucsp.br/ecurriculum
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Trilhas da Natureza
O evento acontecerá no próximo sábado, 12/12, das 10h da manhã às 22h, na rua Aldino Pinotti, em São Bernardo, atrás do Shopping Metrópole.
Haverá teatro infantil, orquestra e shows.
O último deles será às 20h, com Lulu Santos.
Para saber mais detalhes, acesse o link abaixo e veja a programação completa.
http://www.trilhasdanatureza.com.br/agenda.html
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
A Importância da Educação Infantil
No Brasil, existe uma unanimidade de que é necessário avançar na educação de nosso povo. O aumento e a convergência entre os grupos socioeconômicos em medidas de quantidade de educação não têm se refletido em aumento ou em convergência das medidas de qualidade da educação. A não ser que esse problema seja enfrentado e resolvido no futuro próximo, a baixa qualidade da mão-de-obra brasileira será um gargalo que irá limitar o crescimento de longo prazo da economia brasileira.
Para enriquecer o debate no Brasil, é necessário conhecer os desenvolvimentos recentes nas diversas áreas relacionadas com o desenvolvimento humano. Hoje em dia sabemos que a formação de capital humano começa muito antes da criança chegar à escola e que a família tem um papel fundamental no desenvolvimento intelectual e emocional dos seus filhos. É possível suplementar a dificuldade das famílias se insumos de alta qualidade forem alocados bem cedo na vida das crianças carentes.
O objetivo deste encontro organizado pela Academia Brasileira de Ciências pelo grupo de trabalho em Aprendizagem Infantil, coordenado pelo Acadêmico Aloísio Pessoa de Araújo com apoio de Flávio Cunha, sendo composto pelos especialistas Edson Amaro, Erasmo Casela Barbante, Jaderson Costa, João Batista Oliveira, Luiz Carlos Faria da Silva e pelos Acadêmicos Luiz Davidovich e Simon Schwartzman, é apresentar à comunidade científica e política no Brasil os avanços no conhecimento sobre a importância da educação nos primeiros anos. Os palestrantes convidados, listados abaixo, são pesquisadores mundialmente reconhecidos nas suas áreas de atuação.
James Heckman
Graduado em Matemática e doutorado em Economia, atualmente é titular do Departamento de Economia da Universidade de Chicago e diretor do Centro de Pesquisas Econômicas e do Centro de Programas Socias de Avaliação da Escola Harris de Políticas Públicas. Suas pesquisas recentes enfocam o desenvolvimento humano e dos ciclos de vida-habilidade-formação, com ênfase especial sobre a economia da primeira infância. Sua pesquisa gerou políticas públicas importantes em áreas como educação, legislação trabalhista, programas de salário-mínimo, lei anti-discriminação e direitos civis. Recebeu o Prêmio Nobel em Ciências Econômicas (com Daniel McFadden) em 2000, entre diversos outros.
Peter Gluckman
Professor de Pediatria e Biologia Perinatal na Universidade de Auckland, na Nova Zelândia e consultor científico do Primeiro Ministro da Nova Zelândia, foi chefe do departamento de Pediatria e diretor da Faculdade de CIências Médicas e da Saúde. Profundamente envolvido em diferentes aspectos de políticas de desenvolvimento em ciência, saúde e educação, estuda a importância do inicio da vida dos seres humanos, procurando entender como o ambiente a que está exposto o bebê entre a concepção e o nascimento determina sua infância e saúde ao longo da vida - e o impacto deste conhecimento para indivíduos e populações.
Sir Michael Rutter
Clínico geral, neurologista, pediatra e psiquiatra, é chefe do Departamento de Psiquiatria Infantil e de Adolescentes do Instituto de Psiquiatria, em Londres e diretor honorário do Conselho de Pesquisas Médicas - Unidade de Psiquiatria Infantil, no Reino Unido. Seus estudos sobre autismo, depressão, comportamentos anti-sociais, dificuldades de leitura, crianças carentes, crianças hiperativas, resultados e efeitos das escolas e sobre crianças cujo problema psiquiátrico tem claramente um componente orgânico, resultaram em inúmeras publicações de destacada importância.
Mark Hanson
Diretor fundador do Instituto de Ciências do Desenvolvimento da Universidade de Southampton, diretor da Divisão de Origens do Desenvolvimento de Saúde e Doença na University's School of Medicine e professor de Ciência Cardiovascular na Fundação Britânica do Coração. Suas pesquisas focam as condições de desenvolvimento do feto no útero materno e a influência deste período para desenvolvimento de enfermidades posteriores, incluindo doenças circulatórias, do coração, diabetes do tipo 2 e obesidade.
Adele Diamond
Professora de Neurociência do Desenvolvimento Cognitivo e no Departamento de Psiquiatria da University of British Columbia, no Canadá. Sua pesquisa é voltada para o desenvolvimento inicial de controle de funções cognitivas dependentes do córtex prefrontal, mecanismos neuroanatômicos, genéticos e neuroquímicos que tornam essas funções possíveis e como fatores do meio e biológicos podem modificar estas funções cognitivas.
Avshalom Caspi
Professor de Psicologia e Neurociência na Duke University, nos Estados Unidos. Sua pesquisa estende-se pelos campos de Psicologia, Epidemiologia e Genética. Seu trabalho atual procura entender três questões: quais as melhores maneiras para avaliar e medir diferenças de personalidade entre as pessoas e como essas diferenças moldam a saúde, prosperidade e relacionamento desses indivíduos; como e por que experiências psicológicas adversas durante a infância resultam em desequilíbrio psicológico na idade adulta; como as diferenças genéticas determinam a maneira que as pessoas respondem ao ambiente e em particular as diferentes resistências ao estresse psicológico.
Craig T. Ramey
Doutorado em Psicologia com pós-doutorado em Desenvolvimento Humano, é diretor do Centro Universitário para Saúde e Educação, nos Estados Unidos, especialista no estudo de fatores que afetam o desenvolvimento da inteligência, comportamento social e desempenho escolar em crianças pequenas. Nos últimos trinta anos, juntamente com Dra. Sharon Ramey, tem conduzido uma pesquisa envolvendo 14 mil crianças e famílias em 40 estados. Atua como consultor de governos federais e estaduais, além de agências privadas, fundações e mídia.
Sharon L. Ramey
Diretora do Centro Universitário para Saúde e Educação, nos Estados Unidos, recebeu muitos prêmios por seu trabalho, que envolve o estudo do desenvolvimento da inteligência e desempenho infantil, intervenções na tenra infância, as mudanças na família americana e a transição para a escola. Pesquisa os efeitos do ambiente no comportamento e nos efeitos pré-natais do álcool, nicotina e cocaína.
James Fraser Mustard
Um dos líderes mundiais em pesquisa na área médica, dedica-se ao desenvolvimento infantil em seu período crucial, até os seis anos de idade. É um defensor da importância do desenvolvimento cerebral nos primeiros anos de vida para a saúde, qualidade de vida, comportamento e aprendizado pelo resto da vida. Influenciou políticas de saúde no Canadá, atuando em diversos comitês federais e locais, conselhos e comissões. Atualmente está envolvido em projetos com os governos do Canadá e Austrália, Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento, Unicef e da Universidade Aga Khan, no Paquistão.
W. Thomas Boyce
Professor de pediatria na University of British Columbia, no Canadá e atuante em diversas outras instituições de destaque, sua pesquisa estuda a interação entre processos neurobiológicos e psicossociais que levam à divisão social das doenças infantis. Estudando a influência de adversidades socioeconômicas e respostas neurobiológicas, seu trabalho tem demonstrado como estresse e reação neurobiológica a contextos sociais adversos operam conjuntamente, produzindo desordens físicas e mentais na população infantil.
Inscrições e informações com Fernanda, pelo telefone 21 3907-8128 21 3907-8128 ou pelo e-mail fwolter@abc.org.br.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Produção de Texto
O conhecimento do sistema alfabético não é um pré-requisito para a elaboração de um texto. Definir o conteúdo que será escrito, adequá-lo a um propósito comunicativo e organizar as ideias são comportamentos escritores que não dependem da representação gráfica das palavras e que as crianças devem praticar desde a educação infantil. Uma das maneiras de trabalhar esses conteúdos é o ditado que os alunos fazem para o professor, o que torna possível às crianças se perceberem capazes de escrever antes de estar alfabetizadas.
Quer saber que outras situações podem ser propostas?
Leia o texto "Produzir texto sem escrever" acessando o link abaixo:
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/produzir-texto-escrever-431546.shtml
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
LDB atualizada
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
JORNADA DE TRABALHO 2010 - ESTADO DE SÃO PAULO
DECRETO Nº 55.078,
DE 25 DE NOVEMBRO DE 2009
Dispõe sobre as jornadas de trabalho do pessoal docente do Quadro do Magistério e
dá providências correlatas JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo,
no uso de suas atribuições legais, Decreta:
Artigo 1º - O campo de atuação do pessoal docente do Quadro do Magistério, referente às classes de alunos ou às aulas a serem atribuídas, compreendem os seguintes âmbitos da Educação Básica:
I - classes iniciais do Ensino Fundamental - campo de atuação relativo ao cargo de Professor Educação Básica I;
II - aulas dos componentes curriculares do Ensino Fundamental, Médio e Educação Especial - campo de atuação relativo ao cargo de Professor Educação Básica II.
Parágrafo único - O Professor Educação Básica I poderá, desde que habilitado, ministrar aulas no Ciclo II do Ensino Fundamental, observado o disposto no artigo 37 da Lei Complementar nº 836, de 30 de dezembro de 1997.
Artigo 2º - De acordo com o disposto no artigo 10 da Lei Complementar nº 836, de 30 de dezembro de 1997 e no artigo 1º da Lei Complementar nº 1.094, de 16 de julho de 2009, as jornadas semanais de trabalho do docente titular de cargo são:
I - Jornada Integral de Trabalho Docente, de 40 (quarenta) horas semanais, sendo:
a) 33 (trinta e três) horas em atividades com alunos;
b) 7 (sete) horas de trabalho pedagógico, das quais 3 (três) horas exercidas na escola, em atividades coletivas, e 4 (quatro) horas em local de livre escolha do docente;
II - Jornada Básica de Trabalho Docente, de 30 (trinta) horas semanais, sendo:
a) 25 (vinte e cinco) horas em atividades com alunos;
b) 5 (cinco) horas de trabalho pedagógico, das quais 2 (duas) horas exercidas na escola, em atividades coletivas, e 3 (três) horas em local de livre escolha do docente;
III - Jornada Inicial de Trabalho Docente, de 24 (vinte e quatro) horas semanais, sendo:
a) 20 (vinte) horas em atividades com alunos;
b) 4 (quatro) horas de trabalho pedagógico, das quais 2 (duas) horas exercidas na escola, em atividades coletivas, e 2 (duas) horas em local de livre escolha do docente;
IV - Jornada Reduzida de Trabalho Docente, de 12 (doze) horas semanais, sendo:
a) 10 (dez) horas em atividades com alunos;
b) 2 (duas) horas de trabalho pedagógico exercidas na escola, em atividades coletivas.
Artigo 3º - Além da jornada a que estiver sujeito, dentre as previstas nos incisos II, III e IV do artigo anterior, o docente titular de cargo poderá exercer carga suplementar
de trabalho, respeitado o limite máximo de:
I - 8 (oito) horas em atividades com alunos, quando em Jornada Básica de Trabalho Docente;
II - 13 (treze) horas em atividades com alunos, quando em Jornada Inicial de Trabalho Docente;
III - 23 (vinte e três) horas em atividades com alunos, quando em Jornada Reduzida de Trabalho Docente.
Parágrafo único - O titular de cargo de um campo de atuação poderá ministrar aulas em campo de atuação diverso como carga suplementar de trabalho, desde que apresente habilitação ou qualificação docente para as referidas aulas.
Artigo 4º - As horas em atividades com alunos, atribuídas a título de carga suplementar, quando somadas às horas de mesma característica relativas à jornada em que o docente esteja incluído, poderão provocar acréscimo nas horas de trabalho pedagógico na escola e de trabalho pedagógico em local de livre escolha, na conformidade da tabela de distribuição de cargas horárias,
constante do Anexo que integra este decreto.
Artigo 5º - O provimento de cargo docente far-seá em qualquer jornada de trabalho, de acordo com a quantidade de vagas e correspondentes cargas horárias disponíveis na unidade escolar do ingresso.
Artigo 6º - O docente titular de cargo poderá optar, anualmente, no momento da inscrição para o processo de atribuição de classes e aulas, por jornada de trabalho diversa daquela em que esteja incluído.
Parágrafo único - O atendimento da opção dependerá da disponibilidade de classes ou aulas e das diretrizes da Secretaria da Educação previamente fixadas.
Artigo 7º - A atribuição de classe e/ou aulas será precedida de classificação dos inscritos no processo, que observará a situação funcional, a habilitação ou a qualificação docente, o tempo de serviço e os títulos no respectivo campo de atuação, na forma estabelecida pela Secretaria da Educação em regulamento específico.
Parágrafo único - Para fins de classificação no processo anual de atribuição de classes e aulas, os tempos de serviço trabalhados pelo docente em campos de atuação distintos, de que trata o artigo 1º deste decreto, serão sempre computados separadamente.
Artigo 8º - A constituição da jornada de trabalho docente dar-se-á:
I - para o Professor Educação Básica I, com classe livre das séries iniciais do Ensino Fundamental;
II - para o Professor Educação Básica II, com aulas livres da disciplina específica do seu cargo, no Ensino Fundamental e/ou Médio, sendo que, em caso de insuficiência, poderão ser complementadas por aulas livres da disciplina não específica da mesma licenciatura
plena, após atendimento dos respectivos titulares de cargo;
III - para o Professor Educação Básica II de Educação Especial, com classe ou sala de recurso livre, da área de necessidade especial relativa ao seu cargo, no Ensino Fundamental e/ou Médio.
§ 1º - Na carência de classe, de classe/sala de recurso ou de aulas livres para constituição da jornada de trabalho dos titulares de cargo, ou na insuficiência parcial, no caso de aulas, haverá redução da jornada em que o titular esteja incluído, para jornada compatível com a carga horária atribuída, chegando em redução máxima à Jornada Inicial de Trabalho Docente.
§ 2º - Verificada ainda a impossibilidade de constituição da Jornada Inicial de Trabalho Docente, poderá haver composição dessa jornada, mediante atribuição de classe, de classe especial/sala de recurso ou de aulas a título de substituição a outro titular, que se encontre em qualquer tipo de licença/afastamento, ou mediante atribuição de aulas, livres ou em substituição, em outro
campo de atuação ou de outro componente curricular, para o qual o titular apresente habilitação ou qualificação docente, ou ainda de classe ou aulas de projetos da Pasta e outras modalidades de ensino.
§ 3º - A requerimento expresso do titular de cargo, cuja carga horária atribuída seja inferior à da Jornada Inicial, poderá haver redução maior do que a prevista no § 1º deste artigo para Jornada Reduzida de Trabalho Docente, desde que, se for o caso, não haja desistência das aulas que a excedam, que passarão a se configurar carga suplementar de trabalho, ou, no caso de carga
horária ainda menor, aplique-se o procedimento de composição de jornada, na forma estabelecida no parágrafo anterior.
§ 4º - O docente que tiver redução de jornada a seu expresso pedido não poderá voltar a ampliá-la no decorrer do mesmo ano letivo.
§ 5º - O Professor Educação Básica I, declarado adido, que venha a compor sua jornada de trabalho com aulas de componente curricular do Ensino Fundamental ou Médio, na forma estabelecida no § 2º deste artigo, terá a retribuição referente a essas aulas calculada com base no valor do vencimento relativo ao Nível I da Faixa 2, da Escala de Vencimentos - Classes
Docentes (EV-CD).
§ 6º - Na aplicação do disposto no parágrafo anterior, se houver redução de remuneração, o docente poderá optar por ser remunerado com base nos vencimentos relativos ao próprio cargo.
§ 7º - A atribuição de classes ou aulas para composição de jornada, na forma prevista no § 2º deste artigo, bem como para carga suplementar de trabalho em outro campo de atuação ou em outro componente curricular, observará as normas, ordem de prioridade e critérios estabelecidos em regulamento específico, pela Secretaria da Educação.
Artigo 9º - Na impossibilidade de composição de jornada, na forma estabelecida no § 2º do artigo anterior, o docente cumprirá horas de permanência, na quantidade necessária à complementação da Jornada Inicial ou da Jornada Reduzida de Trabalho Docente, conforme o caso, na sua unidade de classificação, exercendo atividades inerentes às de magistério e com:
I - coordenação de atividades pedagógicas;
II - planejamento, execução e avaliação das atividades escolares;
III - avaliação, adaptação e/ou recuperação de alunos de aproveitamento insatisfatório;
IV - processo de integração escola-comunidade.
Artigo 10 - A ampliação da jornada de trabalho do Professor Educação Básica II somente poderá se dar com aulas livres da disciplina específica do cargo.
Artigo 11 - Quando o total de horas atribuídas ao docente consistir de blocos indivisíveis, por classe de alunos ou por número de aulas de determinada disciplina, conforme estabelecido nos quadros curriculares, as horas que ultrapassarem a quantidade correspondente à respectiva jornada de trabalho deverão ser exercidas a título de carga suplementar de trabalho.
Artigo 12 - A acumulação remunerada de dois cargos docentes ou de um cargo de suporte pedagógico com um cargo docente poderá ser exercida, desde que:
I - seja observado o limite de 64 (sessenta e quatro) horas semanais para a carga horária total do acúmulo;
II - verifique-se compatibilidade de horários, observada a distância entre os órgãos/unidades;
III - haja prévia publicação de ato decisório favorável à acumulação.
Parágrafo único - No âmbito da Secretaria da Educação é vedada a possibilidade de situação de acumulação de cargo e função docentes.
Artigo 13 - Normas complementares, disciplinadoras da execução deste decreto, serão expedidas pela Secretaria da Educação.
Artigo 14 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário, em especial o Decreto nº 42.965, de 27 de março de 1998.
Palácio dos Bandeirantes, 25 de novembro de 2009
JOSÉ SERRA
Paulo Renato Costa Souza
Secretário da Educação
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado na Casa Civil, aos 25 de novembro de 2009.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Educador Paulo Freire é anistiado
Ana Maria Freire emocionou a platéia lembrando da paixão do marido por Pernambuco e pelo Brasil
“Hoje, Paulo, você pode descansar em paz. Sua cidadania plena sem vazios e sem lacunas foi restituída como você queria. Tome, Paulo, o diploma é seu”. Com essas palavras, a viúva de Paulo Freire, Ana Maria Freire, emocionou os presentes durante a sessão de julgamento do pedido de anistia política ao educador, realizado na última quinta-feira, em Brasília. A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça declarou por unanimidade Paulo Freire como anistiado e concedeu a Ana Maria Freire uma reparação financeira de 100 mil reais pelos danos que a ditadura causou ao professor.
A cerimônia fez parte da programação do Forum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica. No auditório principal do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, cerca de três mil pessoas assistiram ao julgamento e aplaudiram de pé as palavras Ana Maria Freire e a decisão da comissão, que pediu desculpas pelos erros cometidos pelo governo militar contra Paulo Freire.
O relator do processo, o advogado Edson Pistori, narrou aos presentes a trajetória de Freire e a repressão que sofreu desde que a ditadura foi instaurada. Com o ato institucional n 1, editado ainda no ano de 1964, o professor foi obrigado a abandonar as funções que exercia na então Universidade de Recife, hoje Universidade Federal de Pernambuco, já que foi aposentado compulsoriamente pelo regime.
O trabalho de alfabetização de jovens e adultos que Paulo Freire desenvolvia junto ao Ministério da Educação do Governo João Goulart, também foi interrompido. O educador passou 70 dias na prisão e em seguida, foi obrigado a fugir para o exílio. Com ajuda do embaixador da Bolívia, foi primeiro para este país, posteriormente para o Chile, se instalando aí durante alguns anos e seguindo depois para a Europa.
Durante 16 anos, um dos mais reconhecidos educadores brasileiros, teve que viver longe de sua terra, o que, segundo Ana Maria Freire, foi uma grande dificuldade para ele. Paulo Freire só pôde voltar ao Brasil em 1980. Ana Maria considera, inclusive, que o sofrimento pelo qual passou no exílio foi um dos motivos que causaram sua morte, em 1997.
“A perseguição que Paulo Freire sofreu, mais do que qualquer outro caso que já julgamos nessa comissão constitui um caso de perseguição política coletiva, que teve implicações para milhares de brasileiros. O pedido de desculpas deve ser feito também a cada cidadão e cidadã brasileira que ainda hoje não tem a possibilidade de reconhecer sua língua e de ler o mundo em que vive”, afirmou Edson Pistori.
Após a aprovação por unamimidade do pedido de anistia um grito forte soou da platéia: “Paulo Freire não morreu e nunca morrerá!”, vibrou um homem do meio do povo. A platéia respondeu com aplausos.
“Que cada um que esteja aqui possa multiplicar em alto e bom tom que o Brasil anistiou Paulo Freire”, finalizou o presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
A vantagem acadêmica de Cuba
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Projeto de lei quer limitar número de alunos por sala
Jardim da infância (de 3 a 4 anos) - Até 15 alunos por sala
Pré-escola (de 4 a 5 anos) - Até 20 alunos por sala
Ensino fundamental (1ª à 5ª série) - Até 25 alunos por sala
Ensino fundamental (6ª à 9ª série) - Até 30 alunos por sala
Ensino médio - Até 35 alunos por sala
De fato, a mudança no número de alunos em sala faz com que o professor tenha maior possibilidade de atender as diferentes necessidades dos alunos e realizar intervenções mais pontuais por parte do professor, além de favorecer a interação entre as crianças e a troca de saberes.
No entanto, se o professor não tiver um planejamento que busque esta interação, se continuar com uma aula exclusivamente expositiva em que todos os alunos tenham que estar o tempo todo fazendo tudo igual, com exercícios padronizados, de nada irá adiantar.
E você, o que pensa sobre este projeto? Vote em nossa enquete e dê sua opinião.
Saiba mais lendo a reportagem na íntegra clicando no link abaixo: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI105822-15228,00-PROJETO+DE+LEI+QUER+LIMITAR+NUMERO+DE+ALUNOS+POR+SALA.html
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Criatividade na ação docente
Segundo ela, a criatividade tem duas perspectivas:
Comunicativa - que pode envolver o uso de softwares e mídias para explicar melhor alguma coisa a alguém
Científica - criatividade aplicada no âmbito científico - geração de saberes e conceitos.
Cada uma delas é composta por algumas etapas que foram definidas por ela:
Perspectiva Comunicativa:
- Ideação: técnica que identifica um objeto para a composição de um texto (que pode ser teatro, filme, música, etc.)
- Composição: para comunicar o texto é preciso conhecer a sua linguagem e seus recursos e estruturas linguísticas de acordo com o tipo de texto
- Fruição: é preciso pensar no destinatário e na adequação do texto para o público
- Interobservação: analisar e trabalhar com o produto dos outros, observando o que o oturo fez para aprender o que é bom e poder incorporar ao seu trabalho.
Perspectiva Científica
- Hipótese: definição do problema com criatividade (eu acho...)
- Verificação: verificar se a hipótese definida é verdadeira
- Difusão: se der certo, difundir para outras pessoas, não só como uma troca de experiências; é preciso documentar dados que provem o sucesso do trabalho - tem que haver evidências e não apenas opiniões.
- Revisão
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Reflexões sobre educação
José Pacheco
Primeira situação: o moço havia chegado à sua nova escola nesse dia, expulso de outra e bem recomendado: "é uma criança mimada e desobediente". Quando pendurou o casaco, derrubou dois e não fez menção de os apanhar. Fui ao seu encontro. Olhei para os casacos caídos. E o moço falou: "não fui eu!"Fitei-o, calma e insistentemente. O moço voltou à fala: "não são meus!"Voltei o meu olhar para os casacos. O moço voltou atrás, apanhou-os e pendurou-os nos cabides de onde os tinha arrancado. No fim da tarde, uma senhora entrou na escola, dirigiu-se ao vestiário, pegou no casaco do moço, atirando um outro casaco ao chão. Não se abaixou para o apanhar.
Segunda situação: portas fechadas, o avião acabava o abastecimento de combustível. A tripulação avisava ser proibido o uso de celulares. Os celulares tocavam e muitos passageiros faziam ouvidos de mercador, ligando para familiares e amigos.O avião chegou ao final da pista, preparava-se para decolar. A aeromoça insistia: "minha senhora, faça o favor de apertar o cinto da sua filha". "Ela não deixa colocar o cinto. Não consigo convencê-la."Quando a mamã insiste - "Vá lá, meu anjinho, deixa mamãe pôr o cinto!" - apanha uma sonora bofetada do seu anjinho. Encolhe-se. Sorri para a aeromoça: "não vê que é uma criança..." E, durante toda a viagem, sapatos sujos em cima do assento, a criança premiu o botão de chamada, arrancou e destruiu tudo a que pode deitar a mão. Impunemente.O avião aproximava-se da manga de desembarque. Três vezes a aeromoça apelou: "por favor, permaneçam sentados até a paragem completa da aeronave". Repetiu o apelo em língua inglesa. Os passageiros levantados não voltaram a sentar-se. Presumo que fossem surdos, ou que não fossem ingleses...
Terceira situação: um jovenzinho de aspecto boçal descalçou-se, inundando o ônibus de um cheiro nauseabundo. Pousou um pé no espaldar do assento à frente. A passageira da frente sentiu o contacto do pé (e do odor), encolheu-se e voltou o rosto para a janela.
A moral da história... Provavelmente, quase todos os protagonistas destes episódios exemplares terão andado na escola. Certamente, os jovenzinhos tiveram pais, parentes e amigos. Educação não tiveram. Quem os ajudou a crescer?
José PachecoEducador e escritor, ex-diretor da Escola da Ponte, em Vila das Aves (Portugal)josepacheco@editorasegmento.com.br
Fonte: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12791
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Adiamento do SARESP
As provas do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), que começariam a ser aplicadas nesta semana, foram adiadas. Segundo a Secretaria de Estado da Educação, a empresa responsável pela aplicação da avaliação não conseguiu cumprir os prazos definidos em contrato. O exame, que ocorreria nos dias 10, 11 e 12 de novembro deverá ser aplicado na próxima semana, nos dias 17, 18 e 19 de novembro.
O Saresp avalia o desempenho nas disciplinas de português, matemática, história e geografia dos alunos de 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio das escolas que aderiram à prova. Devem fazer a avaliação 2.474.817 estudantes do Estado, sendo 1.780.122 de escolas estaduais, 625.950 de escolas municipais e 68.745 de escolas particulares.
A medida foi tomada depois que o Caed (Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação), empresa que venceu a licitação para realização do Saresp, avisou à secretaria que não conseguiria cumprir os prazos definidos inicialmente. De acordo com a assessoria de imprensa da Educação, a instituição irá aplicar a avaliação, mas deverá sofrer sanções previstas em contrato.O Caed é um órgão integrante da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora).
AdiamentoEm nota, a secretaria diz ter sido "pega de surpresa" com o comunicado feito pelo Caed no sábado (7), dizendo que não seria possível cumprir os prazos do exame. Segundo a pasta, o secretário Paulo Renato Souza e coordenadores envolvidos no processo se reuniram no final de semana para decidir sobre o adiamento e no domingo (8), foram destacadas mais de 300 pessoas para tentar resolver o atraso na entrega do material.A secretaria afirma que, neste ano, o Saresp exigiu uma logística maior em virtude da inclusão de novas disciplinas (história e geografia) e da adesão de alunos de escolas municipais e particulares. Mais de 20 tipos de provas por série e disciplina foram preparadas como medida de segurança contra vazamento. A pasta prevê a impressão de cerca de 7 milhões de provas.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/11/09/ult105u8865.jhtm
domingo, 8 de novembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Dia da Consciência Negra
Zumbi representa a figura da luta contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele criou o maior quilombo que já existiu no país.
De lá pra cá, muitos negros se destacaram dentro da cultura brasileira. Por isso, durante este mês vários eventos culturais irão comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra. Além de destacar nomes de escritores, músicos, esportistas, intelectuais, entre outros artistas afro-descendentes.
Veja parte da programação que acontecerá na cidade de São Paulo:
Música
Comemoração na Praça da Sé: Elza Soares, Luiz Melodia, Quinteto Preto e Branco e outros
BNegão e Seletores de Frequência no CCJ Ao VivoPiano na praça com Dom Salvador e Lobato AcarahibaTributo a Michael JacksonZ’África Brasil toca no CCSP
Literatura
Poesia e identidade negra
Homenagem a Carlos Assumpção
A trajetória da família Trindade na arte
Encontro Manguebeat: Chico Science & Nação Zumbi e os ritmos da cultura popular
Sarau Astronômico
Narração de histórias: Um canto de África
Exposição
Museu do Futebol no dia da Consciência Negra
Ricardo Teles expõe imagens do projeto “O Lado de Lá” na Matilha Cultural
Oficinas
Seleção de oficinas relacionadas ao mês da consiência negra
Cinema
Documentários abordam a cultura e miséria da ÁfricaMostra “O Recorte África/Brasil”
Fonte:http://catracalivre.folha.uol.com.br/2009/10/novembro-e-o-mes-da-consiencia-negra/
domingo, 1 de novembro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Gestor Nota 10 - 2009
Em 2008, quando Amarildo assumiu a direção do CEF 427, perto de 400 dos mil matriculados no Ensino Fundamental já tinham repetido de ano pelo menos uma vez e ele estabeleceu como objetivo solucionar essa distorção.
Quer conhecer melhor o projeto? Acesse o link abaixo e saiba mais sobre este trabalho:
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/oportunidade-para-aprender-correcao-fluxo-distorcao-idade-serie-repetencia-508906.shtml
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Avaliação de Professores do Estado de São Paulo
Os professores poderão encerrar a carreira ganhando até R$ 6.270, os diretores, R$ 7.100, e os supervisores, R$ 7.800. Estão mantidas as evoluções salariais previstas pela legislação atual, baseadas em tempo de serviço e cursos de aprimoramento.
Da faixa 1 para a faixa 2, o aumento será de 25%. Da 2 para a 3, de 50%. Da 3 para a 4, de 75% e da 4 para a 5, de 100% do salário inicial.
Além de obter nas provas uma nota mínima, que aumenta proporcionalmente à faixa pretendida, os educadores serão avaliados pela assiduidade e o tempo de permanência na mesma escola."São condições exigentes, mas o prêmio também é muito importante", disse Paulo Renato. A avaliação será feita pelo Comitê de Elaboração de Provas, mesmo grupo que formulará os exames para ingresso no magistério estadual e para professores temporários.
De acordo com Paulo Renato, 220 mil professores estão aptos a fazer a avaliação no início de 2010. São profissionais com pelo menos quatro anos de magistério na rede estadual. Os temporários estáveis com no mínimo quatro anos de vínculo com a Secretaria de Educação também podem concorrer. Depois de passar para a faixa 2, o educador pode ser promovido a cada três anos.A cada ano serão promovidos, no máximo, 20% dos educadores - cota criada para adequar o aumento de gasto com a folha de pagamento ao orçamento do Estado. "Não é a limitação de promoção a 20% dos professores que vai impedir uma movimentação rápida na carreira do magistério", afirmou o secretário.
A lei também incorpora o Adicional de Local de Exercício (ALE) ao salário dos educadores. O benefício, para funcionários que atuam em escolas em área vulneráveis do Estado, será considerado para o salário de aposentadoria na proporção do tempo que o profissional trabalhou nessas regiões.
Fonte: O Estado de São Paulo
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
PERGUNTAS DE UM OPERÁRIO LETRADO
" Perguntas de um operário que lê"
Quem construiu a tebas das Sete portas?
Nos livros constam os nomes dos reis.
Os reis arrastaram os blocos de pedras?
E a Babilônia tantas vezes destruída
Quem ergueu outras tantas?
Em que casas de Lima radiante de ouro
Moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros
Na noite em que ficou pronta a Muralha da China?
A grande Roma está cheia de arcos de triunfo.
Quem os levantou?
Sobre que triunfaram os Césares?
A decantada Bizâncio só tinha palácios
Para seus habitantes?
Mesmo na legendária Atlântida,
Na noite em que o mar a engoliu,
Os que se afogavam gritavam por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Ele sozinho?
César bateu os gauleses.
Não tinha pelo menos um cozinheiro consigo?
Felipe de Espanha chorou quando sua Armada Naufragou.
Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a guerra dos sete anos.
Quem venceu, além dele?
Uma vitória em cada página.
Quem cozinhava os banquetes da Vitória?
Um grande homem a cada dez anos.
Quem pagava suas despesas?
Tantos relatos.
Tantas perguntas
Bertold Brecht
Provinha Brasil
Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) indicam que 3,5 milhões de crianças estão no segundo ano do ensino fundamental público.A provinha de língua portuguesa, com 24 questões de múltipla escolha, é aplicada pelo professor em sua turma. A correção e a análise dos resultados também são tarefas do professor, mas podem ter a participação de outros professores, da coordenação pedagógica e da direção da escola.
Para a coordenadora-geral do ensino fundamental da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, Edna Borges, a provinha permite ao professor, ao analisar os resultados obtidos pelas crianças, identificar as dificuldades da aprendizagem e traçar um plano de trabalho para superar os problemas que aparecem.
Segundo Edna, a avaliação do segundo semestre também oferece informações ao professor e à escola sobre a evolução no aprendizado entre a aplicação das duas provas.No primeiro semestre deste ano, a provinha foi aplicada entre 9 e 20 de março. O objetivo do exame é constatar se, aos oito anos de idade, a criança está alfabetizada.
Apoio — Para apoiar o trabalho dos professores do ciclo de alfabetização, que vai dos seis aos oito anos de idade, o Ministério da Educação preparou material a ser enviado às escolas públicas no início do ano letivo de 2010.
O primeiro é o caderno Orientações para o Trabalho com a Linguagem Escrita em Turmas de Crianças de Seis anos de Idade, elaborado pelo Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com 122 páginas, o caderno orienta os professores sobre o trabalho com a linguagem escrita e sugere atividades a serem desenvolvidas na sala de aula.
O segundo é uma caixa com dez jogos sobre alfabetização. Os jogos foram criados pelo Centro de Estudos em Educação e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Escolas com até 70 alunos em classes de alfabetização receberão uma caixa. Aquelas com 80 alunos terão duas caixas e assim sucessivamente, explica Edna. Acompanha o kit de jogos um guia com sugestões aos professores sobre o uso do material em sala de aula.
Fonte: www.mec.gov.br
domingo, 25 de outubro de 2009
Perfil do Diretor Escolar
Acesse o link abaixo e veja a pesquisa na íntegra:
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor_escolar.pdf
sábado, 24 de outubro de 2009
Alfabetização - relato de uma experiência
Parece-me certo que um professor tenha uma atitude investigativa, porque isso quer dizer que é alguém que pensa e, portanto, continua aprendendo. Alguém que não tem respostas, mas que é capaz de dizer "há problemas, há mais para saber, isto me coloca um desafio".
Foi isso que a professora Luciane Gonçalves pensou ao receber um aluno no início do ano e que, com o passar do tempo, poucos avanços apresentava com relação à escrita. Porém, isso não a deixou parada, foi trabalhando com o aluno até chegar o momento em que pode colher os frutos deste trabalho.
Veja a seguir, o relato da professora:
Carlos é um aluno do 1º ciclo final e no inicio do ano estava na fase da escrita silábica sem valor. Participou durante o ano de inúmeras situações de aprendizagem para avançar desta fase, porém Carlos não progredia. Sempre me falava o quanto ele queria aprender a ler e escrever, e eu dizia que iria conseguir, mas que precisava ter paciência. Carlos é um aluno assíduo, gosta da escola, se relaciona melhor com outras crianças está mais participativo, pois antes não conversava, estava sempre de cabeça baixa.
No dia 25 de setembro a vida de Carlos mudou e ficará marcado em nossas vidas, pois conseguiu escrever as primeiras palavras. Todos os esforços, amor e dedicação voltados para ele deram resultados. Carlos está feliz! Ele me disse: eu queria tanto aprender a ler e escrever e hoje eu consegui, agora não vou deixar ninguém copiar minha lição!
Este fato vem comprovar o que a teoria apresenta sobre o quanto é necessário acreditar nos nossos alunos, no potencial de cada um e investir muito em situações de aprendizagem que auxiliam no desenvolvimento humano.
Cada criança tem seu ritmo de aprendizagem, mas a forma como se ensina, as estratégias utilizadas na escola, o respeito ao potencial de cada um faz a diferença no desenvolvimento dos alunos.
Prof. Luciane Gonçalves - EMEIEF Cora Coralina - Santo André - SP
Obs. O nome do aluno é fictício.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Oportunidade
A Prefeitura de São Bernardo do Campo realizará concurso público para preencher 160 vagas de coordenador pedagógico. As inscrições estarão abertas no período de 13 a 27 de outubro e o salário é de cerca de R$ 2,5 mil. Do total de vagas, oito são reservadas para pessoas com deficiência.
Para participar, os interessados devem possuir, no mínimo, três anos de docência e diploma registrado de licenciatura plena em Pedagogia. A inscrição poderá ser feita via internet, pelo site www.mouramelo.com.br, ou pessoalmente no Poupatempo São Bernardo do Campo (Rua Nicolau Filizola, 100, Centro), nos dias e horários listados abaixo. A taxa de inscrição é de R$ 48,50. No site também será possível baixar o programa do concurso.
A data inicialmente prevista para a realização da prova é 15/11. O exame terá 50 questões de conhecimentos específicos e dez de conhecimentos básicos. A confirmação oficial da data e as informações sobre horários e locais para a realização da prova serão divulgados no jornal Notícias do Município, órgão oficial de comunicação da Prefeitura.
As inscrições podem ser feitas de segunda a sexta-feira das 7h às 19h e aos sábados das 7h às 13h, até 27 de outubro.
Oportunidade
Qualquer pessoa do Estado de São Paulo interessada em trabalhar poderá se inscrever para trabalhar na região em que reside, seja capital, litoral ou interior. Peço que nos ajudem na divulgação.
Estaremos selecionando pessoas interessadas em trabalhar nos dias de prova (10, 11 e 12 de novembro), que serão uma terça, quarta e quinta-feira. É necessária disponiblidade total dos interessados.
Serão duas funções diferentes, de aplicador e fiscal de prova. Abaixo explicarei quais as exigências de cada função:
Aplicador: Será quem irá aplicar as provas para os alunos em sala de aula, nas escolas indicadas. Este deverá ser professor, desque não esteja em seu horário de trabalho. Por exemplo, se ele tem aulas apenas pela manhã, poderá ser aplicador no período da tarde ou da noite. Os professores não poderão ser aplicadores na própria escola que lecionam. Também poderão ser aplicadores os professores aposentados, professores eventuais ou professores de escolas particulares. Os candidatos deverão obrigatoriamente serem licenciados, e o compravante do diploma de graduação terá de ser apresentado na segunda etapa do processo. Alunos de graduação de ultimo ano também poderão participar, desde que já estejam vinculados ao estado.
No cadastro, o candidato poderá escolher a escola de aplicação de sua preferência, e tentaremos alocar os aplicadores de acordo com sua preferência, porém na medida do possível. Caso isto não seja possível, o candidato terá de atuar em outra escola. A remuneração do aplicador será aproximadamente de $40,00 bruto por período (manhã, tarde e noite).
Fiscal: Teremos um fiscal por escola. O trabalho do fiscal será permanecer na escola e verificar se a prova iniciou no momento correto, se os aplicadores não são os mesmo que dão aula para aqueles alunos naquela escola, etc. É um trabalho que visa eliminar fraudes no concurso. O fiscal não deverá ter nenhuma atitude, que não seja observar e apenas comunicar se ver alguma irregularidade. Para se candidatar à fiscal, o candidato deverá ser graduado ou estar no ultimo ano da graduação (isto também deverá ser comprovado com documentos na segunda etapa), e não ter vínculos com a redes participantes do processo (estadual, municipal e particular) de educação. A remuneração será bruta de $100 por dia (manhã, tarde e noite). No cadastro, o candidato poderá escolher a escola de aplicação de sua preferência, e tentaremos alocar os aplicadores de acordo com sua preferência, porém na medida do possível. Caso isto não seja possível, o candidato terá de atuar em outra escola.
Observações Importantes: os candidatos deverão ter em mãos no momento de inscrição no site RG, CPF, e-mail pessoal e PIS/PASEP/NIT, além dos dados de conta bancária. A conta bancária cadastrada deverá obrigatoriamente ser a do candidato, pois o CPF da conta deverá ser o mesmo da inscrição para efetivação do pagamento. Quem não tiver conta bancária própria, poderá receber por ordem de pagamento.
Site para inscrição: http://www.sia.caedufjf.net/saresp/cadastro/
Dúvidas na inscrição em SANTO ANDRÉ , favor entrar em contato diretamente pelo e-mail: apoioregionalsa@gmail.com
Para outras regiões, as dúvidas deverão ser sanadas com a Delegacia de Ensino da sua região.
domingo, 18 de outubro de 2009
Poema de Cora Coralina
Saber Viver
Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar
Cora Coralina
Programação do Museu da Língua Portuguesa
Cora Coralina visita o Museu da Língua Portuguesa a partir do dia 29 de setembro
No ano em que comemoramos os 120 anos de nascimento da escritora Cora Coralina, o Museu da Língua Portuguesa presta sua homenagem a esta grande artista nascida na Cidade de Goiás ( GO) com a exibição da mostra “ Cora Coralina: coração do Brasil”
A exposição tem curadoria de Júlia Peregrino e cenografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara e ocupará o segundo andar do museu.
Mesclando imagens do universo pessoal de Cora (como o mítico casarão da ponte e os doces por ela feitos) a trechos de suas poesias, a mostra exibirá, ainda, documentos inéditos da autora, como diários e originais de seus livros. Os visitantes também poderão assistir um vídeo com declarações da própria Cora Coralina.
A realização da mostra só foi possível graças ao patrocínio do Governo do Estado de Goiás, do apoio da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do empenho da Associação Casa de Cora Coralina e da colaboração da família da querida escritora
O Governo do Estado de São Paulo a POIESIS – Organização Social de Cultura e o Museu da Língua Portuguesa se sentem muito honrados por prestar esta homenagem a quem tanto enriqueceu a nossa cultura.
A mostra ficará em exibição ao público até o dia 13 de dezembro e sempre nos mesmos horários de funcionamento do museu.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Feliz dia dos professores!
Nós desejamos a todos os professores muitas realizações em suas vidas.
Sabemos que não tem sido uma tarefa fácil a profissão de professor, os baixos salários, as más condições de trabalho, entre tantas outras situações que dificultam nosso dia a dia, porém, diante de muitas adversidades, ainda existe uma chama que nos cativa para esta grande tarefa que é: educar.
Desejamos que esta chama se intensifique a cada momento e que ser o professor seja um dos maiores orgulho de nossas vidas.
Parabéns!
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Semana da Educação 2009
Pela manhã tivemos:
APRESENTAÇÃO DAS PESQUISAS: “PERFIL DO DIRETOR ESCOLAR” E “PRÁTICAS COMUNS À GESTÃO ESCOLAR EFICAZ”.
José Francisco Soares
Ph.D em Estatística. Professortitular do Departamento de Estatística da Universidade Federal de Minas Gerais. Coordenador do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais (Game), da UFMG.
Fernando Abrúcio
Doutor em Ciência Política pela USP. Professor e Coordenador do Mestrado e Doutorado em Administração Pública e Governo da FGV-SP.
Pela tarde foi apresentada outra pesquisa por um representante do BID:
"MELHORES PRÁTICAS EM ESCOLAS EDICAZES DE ENSINO MÉDIO EM 4 ESTADOS BRASILEIROS" realizada pelo Banco Interamericano de desenvolvimento (BID) em parceria com o MEC.
Carlos Alberto Herrán
Economista Sênior da Educação do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Especialista em temas de capital humano, educação, pobreza e desigualdade. Trabalhou no Banco Mundial e no Ministério da Educação na Colômbia. Economista da Universidade de Los Andes, na Colômbia, e Mestre em Economia pela Universidade de Yale. Autor de varias publicações sobre educação, pobreza e desigualdade na América Latina, entre as quais destacam-se: “Educação Secundária no Brasil: Chegou a Hora” (BID - Banco Mundial, 2000) e “Reduzindo a Pobreza e Desigualdade no Brasil” (BID-IPEA, 2005).
Houve diversos debates sobre o tema e, na edição de outubro da revista de Gestão Escolar poderemos encontrar a pesquisa apresentada pela manhã, solicitada ao IBOPE pela Fundação Victor Civita. A outra, ainda está sendo concluída.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Ler para apreciar - Clarice Lispector
Clarice Lispector
Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho.
Como essa menina devia nos odiar. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continua a implorar-lhe emprestados os livros que não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E complemente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era meu modo estranho de andar pelas ruas do Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo.
Para ouvir a reposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte.
Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho.Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas.A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo.Até que essa mãe boa entendeu.Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta
horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida, a menina loura em pé à sua frente, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser". Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importava. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter.
Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu pressentia.
Como demorei! Eu vivia no ar… Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Artigo sobre o gestor escolar
É obrigação do gestor garantir que os estudantes aprendam. Será que ele conhece e desempenha essa tarefa com responsabilidade?
A rotina de todo diretor é marcada pela variedade de atividades. Ao chegar à escola, o que ele planejou fazer naquele dia geralmente se perde em meio às emergências que surgem de todos os cantos. O telhado mal vedado, a falta de um professor, o acidente de um aluno, o recurso que não chegou. Tudo o obriga a reorganizar o plano de trabalho, sem poder adiar ou cancelar, é claro, as prestações de contas, as reuniões na Secretaria de Educação e a visita dos familiares dos alunos. Assim, as funções primordiais do cargo vão se perdendo e correm o risco de cair no esquecimento. Aliás, quais são elas mesmo?
Uma pesquisa feita pela Fundação Victor Civita (FVC), em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), constatou que o dia a dia do gestor é mais marcado por essas tarefas do que pelo que seriam as três principais preocupações inerentes ao cargo: dirigir a relação entre ensino e aprendizagem, orientar para o saber e gerenciar o conhecimento.
Se a escola é o lugar formal do conhecimento, onde se formam o trabalhador de amanhã, o leitor e o escritor competente e o indivíduo ético, nada mais óbvio que a instituição tenha de ser bem gerida em todos os aspectos para funcionar com êxito. Porém a falta de uma visão integrada entre o administrativo e o pedagógico leva os diretores a outro equívoco, também apontado no estudo: nenhum dos gestores entrevistados atribui a si próprio a responsabilidade pelo baixo desempenho dos alunos. Há outros fatores que também espantam. Eles creditam a culpa pelos resultados ruins das escolas, no que diz respeito à aprendizagem, ao governo (48%), à comunidade (16%), aos professores (13%), aos alunos (9%) e até mesmo à escola (7%) - como se a instituição fosse um elemento independente de suas esferas constituintes.
Com isso, fica evidente que eles ainda desconhecem sua máxima obrigação e resumem sua atuação à burocracia. Mesmo que existam os coordenadores pedagógicos e as universidades e as Secretarias de Educação colaborem com o processo de formação em serviço dos docentes, a responsabilidade pelo desempenho insatisfatório dos alunos é do gestor. Durante as entrevistas da pesquisa, eles só assumem que a aprendizagem também os compete quando questionados diretamente sobre ela. Para que a direção da escola fosse citada (e ainda assim pouco responsabilizada) pelos entrevistados, foi preciso que os pesquisadores perguntassem a todos quem era mais responsável pelo aprendizado dos alunos. Assim, eles apontaram, em primeiro lugar, a comunidade (45%). Depois, os professores (42%), os alunos (29%) e só então a direção (26%) - esses e outros resultados são o tema da reportagem de capa da revista GESTÃO ESCOLAR de outubro/novembro. Os porcentuais indicam com clareza que os diretores acham que os alunos têm mais responsabilidade que eles se não aprendem. Assumem a tarefa, mas não o fracasso dela.
É como se o mundo da Educação vivesse o mesmo problema que recai sobre a seleção brasileira de futebol em época de Copa do Mundo. Todos se sentem técnicos e julgam ter as melhores estratégias para vencer um jogo. Mas ninguém se sente culpado quando a derrota ocorre e o problema fica no ar, sem autor. Por isso, o governo aparece na pesquisa como o primeiro responsável pelo fracasso: é uma estrutura impessoal, etérea, fluida, que funciona como se não tivesse sido eleita por ninguém.
O diretor não está sozinho nesse pensamento equivocado. Todos temos uma porção de responsabilidade. Ainda assim, é urgente o entendimento de que o gestor que não assume a tarefa de garantir a aprendizagem das crianças não compreende seu papel.
Fernando José de Almeida
É filósofo, docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e vice-presidente da TV Cultura - Fundação Padre Anchieta.
Artigo publicado na revista nº 226 - outubro- 2009 Nova Escola
Corrupção na educação reduz nota de alunos, diz estudo
Cláudio Ferraz, Frederico Finan e Diana Moreira analisaram o resultado da auditoria dos gastos de 365 municípios feita pela Controladoria Geral da União (CGU), entre 2001 e 2004. Depois, cruzaram esses dados com o resultado obtido na Prova Brasil pelos alunos da 4ª série (5º ano) do ensino fundamental das 1.488 escolas públicas existentes nos municípios analisados. A Prova Brasil é uma avaliação do Ministério da Educação (MEC) que mede o desempenho em língua portuguesa e matemática de alunos da 4ª e da 8ª séries (5º e 9º anos) de escolas públicas.
Os pesquisadores perceberam que a nota dos alunos que estudavam nos municípios onde houve mau uso ou desvio de recursos foi menor do que a dos estudantes das outras localidades. A diferença foi, em média, de 15 pontos - a nota vai de 0 a 500. O estudo também mostrou que não há relação direta entre grandes quantias de dinheiro repassadas pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) - atual Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) - aos municípios e a excelência no ensino. O valor do Fundef era calculado segundo o número de alunos matriculados na rede.
"Se você tem muita corrupção e o dinheiro é mal gasto, isso explica, em parte, porque gastar muito não está associado com a melhora do desempenho em provas internacionais",diz Cláudio Ferraz, professor assistente do Departamento de Economia da PUC-Rio e um dos autores do estudo, citando a classificação dos alunos brasileiros no Pisa, um exame internacional. Em 2006, o Brasil ficou em 54º lugar entre os 57 países avaliados em matemática e em 49º entre 56 países na avaliação sobre capacidade de leitura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
domingo, 11 de outubro de 2009
Edgar Morin
Acesse o link abaixo e assista na íntegra a palestra:
http://www.cdclip.com.br/sesc/ondemand/
sábado, 10 de outubro de 2009
QUADRO MÁGICO
VOCÊ CONSEGUE RESOLVER ESTE DESAFIO
Este é um quadrado mágico. A soma de cada linha e cada coluna e nas diagonais é 15. Complete-o com os números 1, 2, 3, 7, 8 e 9, sem repetir, de modo a satisfazer esta exigência.
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Inscrições para Mestrado e Doutorado na PUC-SP
processo seletivo destinado ao Mestrado e Doutorado na PUC-SP.
A inscrição de candidatos aos cursos de Mestrado e Doutorado será aberta aos
portadores de diplomas de cursos de Graduação ou títulos de Mestre, ambos
reconhecidos pelo MEC, observadas as normas e exigências da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB) e as exigências prescritas no Regimento do Setor de Pós-
Graduação.
Para o preenchimento da ficha de inscrição o candidato deverá:
• Acessar http://portal.pucsp.br;
• Clicar em login e em usuário:
digitar inscricaopos (escrito em minúsculo);
• Preencher a senha com: 012010;
Para mais informações acesse o site e leia o edital completo:
http://www.ced.pucsp.br/conteudo/downloads/CED.pdf
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
TANGRAM
Existem várias lendas sobre a origem do Tangram.
Uma delas nos conta que um mensageiro deveria levar uma pedra de jade quadrada ao imperador. Mas ele a derrubou no caminho, e ela se partiu em sete pedaços. O mensageiro tentou remontar o quadrado, e juntou as sete partes de muitas maneiras diferentes. Enquanto tentava resolver o problema, o mensageiro conseguiu criar centenas de formas de pessoas, animais, plantas, até conseguir refazer o quadrado.
O que se sabe de real, hoje em dia, é que ele ajuda a desenvolver as inteligências lógico-matemática, espacial e intrapessoal. O desafio consiste em formar figuras usando todas as 7 peças sem que haja sobreposições. Vamos tentar?
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Chegamos a 2000!
Esperamos que este continue sendo um espaço de troca e uma referência em educação.
Um abraço a todos que, de alguma forma, compartilharam conosco estes momentos.
Equipe Elo de Educadores
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Simulado Prova Brasil 2009
Faça o download da prova aqui.
Ou acesse este link:
http://provabrasil2009.inep.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=127&Itemid=156
Atividades para os alunos do ensino fundamental ciclo I
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Água
Pelo que se sabe, só o planeta Terra tem água em abundância. Estamos falando da água que abrange aproximadamente, 70% da superfície terrestre. São incontáveis as espécies de animais e vegetais que a Terra possui. Sua distância do Sol - 150 milhões de quilômetros - possibilita a existência da água nos três estados: sólido, líquido e gasoso. A água, somada à força dos ventos, também ajuda a esculpir a paisagem do nosso planeta: desgasta vales e rochas, provoca o surgimento de diversos tipos de solo etc.
O transporte de nutrientes, que são aproveitados por centenas de organismos vivos, também é feito pela água.
A Vida Depende Da Água
A existência de tudo o que é vivo, em nosso planeta, depende de um fluxo de água contínuo e do equilíbrio entre a água que o organismo perde e a que ele repõe.
As semelhanças entre o corpo humano e a Terra são: 70% do nosso corpo também é constituído de água. Assim como a água irriga e alimenta a Terra, o nosso sangue, que é constituído de 83% de água, irriga e alimenta nosso corpo.
Quando o homem aprendeu a usar a água em seu favor, ele dominou a natureza: aprendeu a plantar, a criar animais para seu sustento, a gerar energia etc.
Desde as civilizações mais antigas até as mais modernas, o homem sempre procurou morar perto dos rios, para facilitar a irrigação, moer grãos, obter água potável etc.
Nos últimos trezentos anos, a humanidade se desenvolveu muito, a produção aumentou, o comércio se expandiu, provocando uma verdadeira revolução industrial. Nesse processo, a água teve papel fundamental, pois a partir de seu potencial surgiram a roda d´água, a máquina a vapor, a usina hidrelétrica etc.
Hoje, mais do que nunca, a vida do homem depende da água. Para produzir um quilo de papel, são usados 540 litros de água; para fabricar uma tonelada de aço, são necessários 260 mil litros de água; uma pessoa, em sua vida doméstica, pode gastar até 300 litros de água por dia.
Água - Recurso Limitado
No decorrer do século XX, a população do planeta Terra aumentou quase quatro vezes. Um estudo populacional prevê que no ano 2000 a população mundial, em sua maioria absoluta, estará vivendo em grande cidades; com o grande desenvolvimento industrial, a cada dia aparecem novas utilidades para a água.
O custo de ter água pronta para o consumo em nossas casas é muito alto, pois o planeta possui aproximadamente só 3% de água doce e nem toda essa água pode ser usada pelo homem, já que grande parte dela encontra-se em geleiras, icebergs e subsolos muito profundos.
Outra razão para a água ser um recurso limitado é sua má distribuição pelo mundo. Há lugares com escassez do produto e outros em que ele surge em abundância.
Com o grande desenvolvimento da tecnologia , o homem passou a interferir com agressividade na natureza. Para construir uma hidrelétrica, desvia curso de rios, represa uma quantidade muito grande de água e interfere na temperatura, na umidade, na vegetação e na vida de animais e pessoas que vivem nas proximidades.
O homem tem o direito de criar tecnologias e promover o desenvolvimento para suprir suas necessidades, mas tudo precisa ser muito bem pensado, pois a natureza também tem de ser respeitada.
O Caminho da Água
A água dos mananciais e dos poços, por conter microorganismos e partículas sólidas em suspensão, percorre um caminho nas estações de tratamento até chegar limpa ao hidrômetro.
Na primeira etapa do tratamento, a água fica na bacia de tranqüilização; em seguida, recebe sulfato de alumínio, cal e cloro. Na segunda etapa, a água passa pelos processos de filtração e fluoretação. Para produzir 33 m³ por segundo de água tratada, uma estação como o Guaraú, no município de São Paulo, gasta em média 10 toneladas de cloro, 45 toneladas de sulfato de alumínio e mais 16 toneladas de cal - por dia!
Nas casas, a água começa seu caminho no hidrômetro (aparelho que mede o volume de água consumida), entra na caixa d´água e passa pelos canos e registros até chegar à pia, ao chuveiro, ao vaso sanitário e tudo o mais.
Após o uso ( para beber, cozinhar, limpar), a água vai para os ralos e em seguida para os canos que vão dar na caixa de inspeção e na saída do esgoto doméstico.Os esgotos que saem das casas, indústrias etc devem ser bombeados para uma estação de tratamento, onde os sólidos são separados do líquido - o que diminui a carga de poluição e os prejuízos para as águas que irão recebê-la.
O tratamento de esgoto é vantajoso, pois o lodo que sobra pode ser transformado em fertilizante agrícola; o biogás resultante desse processo também é aproveitável como combustível.
A Poluição das Águas
Os efeitos da poluição e destruição da natureza são desastrosos: se um rio é contaminado, a população inteira sofre as conseqüências. A poluição está prejudicando os rios, mares e lagos; em poucos anos, um rio sujeito a poluição pode estar completamente morto. Para despoluir um rio gasta-se muito dinheiro, tempo e o pior: mais uma enorme quantidade de água. Os mananciais também estão em constante ameaça, pois acabam recebendo a sujeira das cidades, levada pela enxurrada junto com outros detritos.
A impermeabilização do solo causada pelo asfalto e pelo cimento dificulta a infiltração da água da chuva e impede a recarga dos lençóis freáticos.As ocupações clandestinas de áreas que abrigam os mananciais também acabam poluindo as águas, pois seus moradores depositam lixo e esgoto no local.
Os poluidores e destruidores da natureza são os próprios seres humanos que jogam o lixo diretamente nos rios, sem nenhum tratamento, matando milhares de peixes.Desmatadores derrubam árvores das áreas dos mananciais e de matas ciliares, garimpeiros devastam os rios e usam mercúrio, envenenando suas águas.
As pessoas sabem que os automóveis poluem e colaboram para o efeito estufa, mas por falta de opção ou por comodismo não abrem mão desse meio de transporte. Todos sabem que o lixo contamina e polui o meio ambiente. Porém, muitas pessoas jogam-no nas ruas, praias e parques.
A atividade agrícola também é poluidora da água, já que os pesticidas e os agrotóxicos são levados pela água da chuva para os rios e mananciais ou penetram o solo atingindo os lençóis freáticos.
As fábricas lançam gases tóxicos na atmosfera porque não instalam filtros em suas chaminés. Numa cidade como São Paulo, só 17% das indústrias tratam seus esgotos; 83% jogam nos rios toda a sujeira que produzem. Quem mais polui é também quem mais consome: 23% da água tratada é consumida pelas indústrias.
A água poluída pode causar doenças como cólera, febre tifóide, disenteria, amebíase etc. Muitas pessoas estão sujeitas a essas e outras doenças porque suas residências não tem água tratada ou rede de esgoto. Um dado assustador comprova: 55,51% da população brasileira não tem água encanada nem saneamento básico.
O Desperdício Da Água
A maioria das pessoas tem o costume de desperdiçar água, mas isso tem de mudar, porque o consumo de água vem aumentando muito e está cada vez mais difícil captar água de boa qualidade. Por causa do desperdício, a água tem de ser buscada cada vez mais longe, o que encarece o processo e consome dinheiro que poderia ser investido para proporcionar a todas as pessoas condições mais dignas de higiene.
Soluções inviáveis e caras já foram cogitadas, mas estão longe de se tornar realidade. São elas: retirar o sal da água do mar, transportar geleiras para derretê-las etc.
Quando abrimos uma torneira, não estamos apenas consumindo água. Estamos também alimentando a rede de esgoto, para onde vai praticamente toda a água que consumimos. No ano 2000, os seres humanos estarão consumindo aproximadamente 150 bilhões de m³ de água por ano e gerando 90 bilhões de m³ de esgoto.
O consumo de água cresce a cada dia, mas a quantidade de água disponível para o consumo no planeta não cresce. Em um futuro não muito distante haverá escassez.
Alguns hábitos devem ser adquiridos em nosso cotidiano, tais como fechar a torneira ao escovar os dentes, cuidar para que as torneiras fiquem fechadas de forma correta, reaproveitar a água da lavagem da roupa para lavar o quintal etc.
Um pequeno filete de água escorrendo um dia inteiro por um vazamento pode equivaler ao consumo diário de água de uma família de cinco pessoas.
Fonte: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/aguanaboca/index.htm